Acredito que muitos amantes do futebol sul-americano já tenham escutado que, no passado, alguns clubes do Suriname destacavam-se regionalmente e que o futebol de lá tinha seu brilho. Nos anos 60, inclusive, os principais clubes jogaram partidas amistosas contra times brasileiros dos mais diversos níveis e também contra o gigante holandês Ajax. A milésima partida do Rei Pelé foi disputada no Suriname, contra o SV Transvaal, em 27 de janeiro de 1971.
Com praticamente nenhum desempenho significativo e muito distante dos resultados e dos momentos que viveu no passado, por um bom tempo, o futebol no país esteve despercebido. Porém, de uns anos para cá, este esporte começou a ganhar atenção e investimentos que estão colocando a pequena nação da América do Sul, de cerca de meio milhão de habitantes, em evidência.
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O Suriname, considerando a realidade do futebol na região que faz parte como federação de futebol e dos países menores, está com bons resultados em campo. A SVB (Surinamese Voetbol Bond) faz parte da CFU (Caribbean Football Union) e da CONCACAF assim como os sul americanos Guiana e Guiana Francesa. O país conquistou a classificação para a Copa Ouro 2021 depois de se terminarem em primeiro lugar no grupo D que tinha ainda Nicarágua, São Vicente e Granadinas e Dominica, na Liga B da Liga das Nações da CONCACAF.
Em 2018, a equipe passou para as oitavas de final da CONCACAF Sub-20 e já na temporada 2018-2019 da Liga das Nações o país quase tinha se classificado para a Copa Ouro 2019. Além disso, jogadores locais têm saído para seguir carreira em outros países como Chipre, Eslováquia, Trinidade e Tobago e Holanda.
Para a série Jogadores brasileiros no Caribe, convidamos alguns dos vários brasileiros que jogam por lá para compartilharem um pouco sobre suas visões e momentos que viveram no futebol surinamês.
O goleiro brasileiro Paulo Roberto Sousa Santos é natural de Castanhal, no Pará. Chegou no Suriname para defender as cores do SV Notch na temporada 2017/2018 onde conquistou o segundo lugar e, de brinde, o título de melhor goleiro do campeonato. No ano seguinte permaneceu no elenco. Em 2020, transferiu-se para o SV BROKI, também da Primeira Divisão.
O jogador de 29 anos mudou-se para o Suriname com o objetivo de crescer profissional e pessoalmente, adquirir conhecimento e ganhar experiências novas. “Eu cheguei aqui e encontrei uma realidade muito diferente da do Brasil. Mesmo o futebol no Suriname sendo amador, ele possui um calendário futebolístico mais cheio do que muitos campeonatos estaduais brasileiros. Joguei na balança e vi que este formato seria mais rentável para mim”, explica.
Ele também pensou que jogar no Suriname seria uma forma de abrir as portas para outras ligas de futebol no Caribe e na América Central. “Mesmo sabendo que teria dificuldade sempre mantive o pensamento positivo como se o Suriname fosse uma ponte para me levar a alcançar voos maiores. Eu sabia que o futebol no Suriname era amador, mas nem por isso deixei de fazer um plano para que isso se tornasse um benefício para mim”, revela.
Já no país há três anos, ele revela que fez muitas amizades e cresceu bastante como pessoa. “Foi de fundamental importância para mim estar aqui. Cresci também tecnicamente”, justifica. Conta que uma característica marcante do futebol no Suriname é explorar a saída de bola. “O goleiro aqui trabalha muito com os pés, eles não têm medo, têm coragem de sair jogando. Esse estilo de jogo é trabalhado desde as categorias de base. Evita-se o tiro de meta longo. Às vezes, até mesmo do meio campo a bola volta para o goleiro. Eles possuem a característica de trabalhar bem a bola”, explica.
Carreira
Paulo Roberto passou por diversos times menores do Pará e da região norte do País. Confira a trajetória completa: Castanhal-PA (2012); Santa Rosa-PA (2012); Trem-AP (2012); Castanhal-PA (2013); Independente-AP (2013); Iranduba-AM (2013); Izabelense-PA (2014); Paragominas-PA (2014); Castanhal-PA (2015); Macapá-AP (2015); Paragominas-PA (2015); Sport Belém-PA (2016); Cametá-PA (2016); Trem-AP (2016); Penarol-AM (2017); Baré-RR (2017); SV Notch-SUR (17/18 e 18/19); e SV BROKI-SUR (2019/2020).
Idioma
O idioma oficial no Suriname é o holandês. Muitos também falam o inglês por ser uma disciplina curricular nas escolas. Além desses dois, há o dialeto “sranantongo”, uma mistura de holandês com inglês que é muito falado, inclusive, no futebol.
Paulo teve um pouco de dificuldade de se comunicar no início, mas como sempre projetou a carreira ao nível internacional, estudou o inglês por meio de aplicativos e livros. Este conhecimento prévio, além de o ajudar na comunicação, também o auxiliou na aprendizagem do sranantongo, já que algumas palavras são semelhantes. Mas o holandês foi uma dificuldade maior para o brasileiro.
“Eles falam muito rápido, então sempre tive dificuldade. Mesmo com a base que eu tinha do inglês ainda era longe do que eu imaginava que fosse necessário. Mas sempre empenhei em aprender e hoje consigo me comunicar, resolver problemas e a ajudar outros jogadores brasileiros”, explica.
Brasileiros no Suriname
Além de Santos, outros 9 brasileiros estão disputando a primeira divisão do país. No tradicional SV Robinhood, há três: um dos melhores jogadores da liga, o meia atacante Alan Da Costa; o volante Jauri Miranda e o meia pela esquerda Kléber Queiroz.
O SV Transvaal, outra potência local, conta com outros três brasileiros no elenco. O já experiente volante Carlos da Silva juntamente com o zagueiro Marcello Alves e o atacante pela direita Bruno Silva, que chegaram na atual temporada.
O recém-promovido Bintang Lahir tem o meia Jadson Monteiro (além do “winger” Matheus Cordeiro, que é filho de brasileiros, mas possui passaporte surinamês). O FC Inter Wanica, antes com o nome de SV Nishaan 42, conta com o goleiro Dion Maycon. Já o SV Botopasi tem o xerifão da zaga, Ricardo Silva.
Costa está no Suriname desde 2015 e já passou por Nishaan, Batoposi e Happy Boys. Natural de Belém do Pará, disse que recebeu uma proposta para jogar no país quando estava no Brasil e aceitou o desafio. Já o volante Carlos Henrique da Silva chegou em 2016 para se juntar ao histórico SV Transvaal. Natural de Primeiro de Maio, no Paraná, ele já atuou no Brasil pelo Pinheiros-SC e pela Portuguesa Londrinense-PR.
Desenvolvimento do futebol
Paulo Roberto ressalta que o futebol no país está sendo levado mais a sério e os resultados estão vindo. Para ele, o grande responsável por essas mudanças é o ex-jogador e agora treinador da seleção nacional do Suriname, o holandês Dean Gorré.
“Eu já tive a oportunidade de conhecer e treinar com ele. É um cara fantástico! Participa do treino e coloca muita dinâmica nos trabalhos, um grande profissional que tem agregado muito e vai ajudar na elevação do futebol aqui no país”, comentou.
Dean Gorré tem 49 anos e atuou como meio campo em clubes como Feyenoord, Groningen FC e Ajax, na Holanda, e Huddersfield Town, Barnsley, Blackpool e Egerton FC, na Inglaterra. Em 2018, ele retornou ao comando técnico do Suriname (teve uma breve passagem em 2014) com a missão de alcançar a qualificação para a Copa Ouro, o que foi cumprido. Mas o maior objetivo ainda é a Copa do Mundo do Qatar, em 2022.
“O futebol no Suriname está em evidência com a classificação à Copa Ouro 2021. A seleção conta com atletas em atuação em outros países além de estarem buscando profissionais no futebol europeu com passaporte holandês, mas que têm pais nascidos no Suriname para defenderem as cores da seleção. Acredito que a profissionalização traga benefícios para a economia nacional e permitirá aos atletas viverem apenas do futebol”, explica.
Profissionalização
No dia 14 de março de 2019, a SVB convocou os clubes da primeira divisão para discutir o progresso do futebol profissional no país. Segundo divulgado pela entidade, o objetivo foi de colocar federação e clubes para conversarem, até para que os times discutissem sobre sobre suas realidades.
A temporada 2019/2020 já era para ter sido profissional, o que não aconteceu. “No início da temporada, eles já estavam fazendo o plano para o início do profissionalismo com cursos e adaptando-se às regras e às condições que a FIFA propôs para que o futebol se tornasse profissional no Suriname. Tenho bastante otimismo que na próxima temporada já tenhamos futebol profissional no país”, comenta Santos.
Silva alerta que a mentalidade dos jogadores também deve mudar. Para ele ainda falta muito profissionalismo dos jogadores que não possuem compromisso com os horários dos treinos. O brasileiro foi companheiro de Ivenzo Comvalius, um dos melhores jogadores do Suriname, que atualmente representa o AS Trencin, da Primeira Divisão da Eslováquia. Para ele, o atacante tem um potencial enorme e fez uma ótima escolha ao seguir caminho a Europa. Mas revela que o companheiro não tinha muita vontade de treinar e que, às vezes, “fazia o que bem entendia da cabeça”. Na Primeira Divisão da Eslováquia, Comvalius conta com 12 jogos e um gol.
Copa Ouro 2021
O Suriname retornará a disputar uma Copa Ouro com o primeiro lugar alcançado no grupo D na Liga B da CONCACAF Nations League com 13 pontos. Um dos principais responsáveis pela conquista foi o atacante Gleofilo Hasselbaink, autor de 10 gols nos 6 jogos. O país tinha apenas duas participações na competição ambas no México, em 1977 e 1985.
Mas a classificação só veio na última rodada. O Suriname teve um início de competição embalado. Primeiro uma vitória por 2-1 contra Dominica fora de casa e goleou a Nicarágua por 6 a 0 no Andre Kamperveen Stadium. Depois a equipe teve dois jogos difíceis contra São Vicente e Granadinas. Saíram um doloroso em empate a dois fora depois de estarem vencendo por 2 a zero e de tomarem o gol de empate aos seis minutos acréscimos de pênalti e sofreram uma dura derrota por um gol em casa.
As esperanças voltaram com uma goleada sobre Dominica por 4-0 no Suriname. Na última rodada, São Vincente e Granadinas perdeu por 1-0 para Dominica então o Suriname só precisava fazer sua parte.
Ivenzo Comvalius abriu o placar na Nicarágua. Nigel Hasselbaink (provavelmente o primeiro, de muitos, com passaporte holandês a se juntar à seleção) ampliou a vantagem aos 54 minutos. Os donos da casa diminuíram com Rigoberto Fuentes, mas no apito final do juiz o país já estava em festa. 36 anos depois o Suriname voltaria a uma Copa Ouro.
Além do artilheiro, outros pilares da conquista foram o goleiro Claidel Kohinor (SV Robinhood), Albert Nibte (SV Leo Victor), Ronaldo Kemble (SV Transvaal), Ivanildo Misidjan (SV BROKI), Anduello Amoeferie (SV Inter Moengo Tapoe), Miguel Darson (SV Inter Moengo Tapoe), Ervin Tjon-A-Loi (SV West United), Sersinho Eduards (SV Inter Moengo Tapoe), Roscello Vlijter (Telstar FC, Holanda), Ivenzo Comvalius (AS Trencin, Eslováquia), Dimitrie Apai (W Connection FC, Trinidad & Tobago) e Donnergy Fer (SV Inter Moengo Tapoe).
CONCACAF Champions League
O título da temporada 2017/2018 deu ao SV Robinhood o direito de representar o Suriname no Caribbean Club Shield 2019. O clube retornou às competições internacionais 14 anos depois de ser segundo colocado do CFU Club Championship 2005.
Na fase de grupos os surinameses perderam para o Club Franciscain (Martinica) por 3-1 e golearam o SV Dakota (Aruba) por 4-1. Nas quartas, ficaram no empate a 1 com o Village Superstars (St. Kitts & Nevis) avançando nos pênaltis por 4 a 3. Nas semifinais tiveram jogo tranquilo contra o Weymouth Wales (Barbados) com uma vitória por 3-0.
Na final reencontraram o Club Franciscain, mas dessa vez o resultado foi outro. Os surinameses venceram por 1-0 com gol do brasileiro Alan da Costa, aos 21 minutos. Outros dois jogadores importantes foram o goleiro Claidel Kohinor e o centroavante Stefano Rijssel, artilheiro da competição com quatro gols.
Mas para participar da Liga dos Campeões da CONCACAF ainda teriam que passar pelo duro Real Hope FA, do Haiti. Depois de empatarem por um gol no tempo normal, o jogo foi para as penalidades. E, com muita paixão, o SV Robinhood venceu por 3 a 1 marcando o retorno do Suriname à maior competição de clubes da CONCACAF.
Na fase pré-eliminatória o adversário foi mais uma vez do Haiti, o AS Capoise. O jogo no Suriname ficou no 0 a 0. A vida do clube no torneio seria decidida fora de casa. Com um empate de 1 a 1 no Haiti, os surinameses se classificaram para as oitavas de final. Nesta fase o adversário foi o Independiente do Panamá. Dentro de casa o jogo terminou em 1 a 1; e no Panamá em 2 a 1 para os donos da casa.
O clube foi eliminado, mas saíram satisfeitos com a campanha. Um dos pilares do feito foi o brasileiro Alan da Costa. Ele conta que o resultado veio porque a equipe manteve-se focada e os jogadores estavam muito unidos com cada um executando sua função com muita força de vontade.
“É um sentimento de muito orgulho ter sido parte dessa conquista pelo clube. Nossas conversas nos vestiários eram sempre carregadas de muita empolgação e que daríamos tudo de si pelo clube. Tanto o presidente quanto a comissão técnica estavam sempre positivos em todos os jogos”, relembra.
Clubes
Falando no âmbito dos clubes, o protagonismo fica para o SV Transvaal, que foi campeão da Liga dos Campeões da CONCACAF em duas ocasiões (1973 e 1981). Ao todo são 19 títulos nacionais, o último deles conquistado em 2000. De lá para cá, o clube tem visto os rivais SV Inter Moengo Tapoe e SV Robinhood aumentando o número de troféus na galeria.
Porém, clubes como PVV e SV BROKI estão investindo em contratações de jogadores das categorias de base e sênior da seleção formados pelos grandes clubes. Outro time tradicional com vários jogadores da seleção que tem feito boas campanhas nos últimos anos é o SV Leo Victor. As surpresas da temporada, antes da interrupção, eram SV West United e SVC Bintang Lahir, clubes com menores investimentos que estão nas primeiras colocações da atual temporada.
Completam a primeira divisão do país: SV Notch, SNL, SV Santos, SV Voorwarts, FC Inter Wanica e Acoconut.
Estrutura
Segundo o paraense, a mentalidade dos dirigentes está evoluindo e as equipes estão trabalhando para que o futebol do país chegue a um nível melhor. Informa que alguns clubes ainda possuem pouca estrutura, já outros possuem infraestruturas equiparadas a clubes profissionais.
Ele comenta que SV Transvaal, um dos clubes mais tradicionais do país, tem logística, diretoria e comissão técnica muito bem organizada. Silva, jogador do SV Transvaal, informou que, com base no que ele já viu e no que escutou de jogadores de outras equipes, seu clube tem a melhor estrutura dentre os demais clubes de futebol do país.
O time de Paramaribo possui um campo de treinamento com equipamentos novos (bolas, chuteiras e outros materiais do dia a dia) e uma organização interna muito boa. Mas o paranaense conta que nem sempre foi assim e que desde 2016 as coisas melhoraram bastante acompanhando o processo que o futebol no país está passando.
O SV Robinhood, outro gigante no país, tem centro de treinamento, sede, categoria de base.
Sobre seu clube, Santos conta que ainda está distante em relação aos dois citados, mas que foram feitos altos investimentos na temporada 2019/2020 para que o clube pudesse entrar forte na competição. O SV BROKI não possui campo próprio, mas aluga um espaço para os treinamentos e um lugar para reuniões.
“Na realidade do clube, oferecem o melhor que podem. Espero que em breve possam alcançar a estrutura que querem e que os outros clubes também abram a mente para chegaram a outro nível em termos de estrutura.”, comenta.
Estádios
Sobre os estádios, explica que são muitos no país, mas a maioria pequenos com uma estrutura, segundo o paraense, que garante que se jogue futebol em boas condições. Já os gramados dos clubes do interior possuem baixa qualidade, mas o goleiro destaca que são sempre bem recebidos e todos querem que os atletas se sintam bem.
Os dois maiores são André Kamperveen Stadium, casa da seleção nacional, com capacidade para 7.100 pessoas, localizado na capital. Santos diz que a SVB realizou uma reforma para colocar iluminação padrão FIFA para receber jogos das eliminatórias da CONCACAF.
O outro é Franklin Essed Stadium, com capacidade para 3.500 espectadores, também de Paramaribo, que estará em reformas para adequação das medidas padrão FIFA com a troca do gramado pelo sintético e também nas medidas padrão, além de adequar a iluminação. O brasileiro conta que este estádio passou antes por uma reforma na arquibancada e que, na opinião dele, ficou muito bonita.
“Este estádio é o que recebe maior público por ser em uma zona da cidade que as pessoas gostam muito de futebol, além do fato de ser a casa do SV Robinhood e do SV Leo Victor, dois tradicionais clubes do país”, detalha.
Mercado fechado
Quando questionado de quais seriam, em sua opinião, os motivos pelos quais não há nenhum jogador surinamês atuando no Brasil, mesmo em equipes menores, sendo que são países vizinhos, Santos acredita que as pessoas ligadas ao futebol não exploram o mercado brasileiro como uma ponte. Os brasileiros vão para o Suriname por meio de contatos com treinadores ou amigos; já os surinameses não possuem esses contatos.
“Eu vejo qualidade e potencial dos jogadores do Suriname que poderiam atuar no futebol brasileiro. Seria de fundamental importância para o desenvolvimento se jovens atletas de lá atuassem no Brasil. Somos o país do futebol e craques nascem todos os dias. Se eles conseguissem romper essa barreira, o futebol surinamês cresceria muito em qualidade técnica, como profissionais e no comportamento dos jogadores como atleta.”, explana.
Vai adiante e diz que além do profissional, os jovens futebolistas poderiam se juntar a um clube brasileiro desde a base para que pudessem assimilar como é o futebol profissional e o brasileiro. Ele acredita que um bom planejamento poderia fazer até com que jogadores surinameses pudessem aparecer nas principais divisões do futebol brasileiro.
“Eu acho que seria muito legal, somos vizinhos, somos tão próximos uns dos outros e eu acho que ainda falta essa ponte e esse contato que possa fazer isso. Seria proveitoso para ambas as partes pois seria bom ter surinameses jogando no Brasil, porque eles são um povo cativante, bastante acolhedor e amigo.”, opina.
A entrevista mostrou que com os anos no Suriname claramente Paulo desenvolveu afeto e carinho pelo futebol de lá.
“Creio que o Suriname tem um potencial muito grande no futebol. Espero que em breve possamos ver a seleção e os clubes mostrando seu trabalho e futebol na América do Sul e até em outros continentes. É um povo bastante acolhedor, animado e que gosta muito de futebol. Eles torcem muito, gostam muito da seleção brasileira e dos jogadores brasileiros, espero que em breve o Suriname possa alcançar um nível bem mais alto no futebol também”, vislumbra.
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