Um dos países mais gordos do mundo, Tonga tem pouco mais de 100 mil habitantes, mas nunca permitiu que seu tamanho impedisse grandes ambições: trata-se da única nação do Oceano Pacífico que, mesmo na condição de protetorado britânico, manteve um rei de origem indígena e evitou a colonização formal, o que ajudou a cultivar o tongolês como língua viva e ainda hoje existente no território, a exemplo da família real.
É do povo tongolês a honra de ser o menor país em população a já ter conquistado uma medalha olímpica (em território, o posto é de Granada). O pugilista Paea Wolfgramm, apelidado de “the Tongan Warrior” (o guerreiro tongolês), superou atletas de Belarus, Cuba e Nigéria antes de chegar à final dos pesos-pesados em Atlanta-1996 e garantir seu pódio.
Na decisão, ele perdeu por 7 a 3 para o lendário ucraniano Wladimir Klitschko e ficou com a prata. No retorno ao país, foi decretado feriado em Tonga para recebê-lo com festa.
A medalha de ouro, que escapou das mãos tongolesas naquele dia, teve um destino grandioso: após ser arrematada por 1 milhão de dólares em um leilão organizado por Klitschko para levantar fundos a instituições carentes, ela foi devolvida ao campeão olímpico pelo comprador, que preferiu fazer sua boa ação sem se identificar.
A série Anões Olímpicos conta a história dos 26 países que conquistaram apenas uma medalha na história olímpica entre 1896 e 2012. Os textos são reedições atualizadas do post O que esses caras estão fazendo nesse blog?, publicado por Diego Freire, em 2012. Para ler as outras reportagens da série, CLIQUE AQUI
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