O futsal do Brasil teve motivos para comemorar a disputa da edição 2023 das Surdolimpíadas de Inverno, realizada em fevereiro de 2024 na cidade de Erzurum, na Turquia. Na chave feminina do torneio, ficou com a medalha de prata. Na masculina, com o bronze.
No entanto, mesmo em um evento que deveria celebrar a união e a inclusão, uma mancha bastante conhecida do esporte nacional se fez presente nas quadras turcas: o racismo.
A Confederação Brasileira de Desportos de Surdos registrou que, durante a final contra a Espanha no dia 11 de março, um integrante da delegação foi alvo de uma ofensa racista. O nome da vítima não foi divulgado.
Em nota, a CBDS manifestou “veemente repúdio” ao ataque sofrido, lamentando “mais um episódio envolvendo atos de racismo no esporte”.
“A Declaração Universal dos Direitos Humanos e os normativos amplamente adotados pela comunidade internacional condenam quaisquer práticas de racismo e xenofobia”, relatou a entidade em nota. “Esses tipos de conduta são incompatíveis com ambientes democráticos e não podem ser tolerados, tampouco normalizados.”
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Ao longo da campanha, a seleção feminina de futsal de surdos conquistou quatro vitórias em seis jogos. Na primeira fase, bateu o Japão por 3 a 0, a Itália por 5 a 0 e a Irlanda por 13 a 2, mas perdeu para a Espanha por 5 a 1. Depois, bateu a Grã-Bretanha nas semifinais por 4 a 1, mas perdeu novamente para as espanholas na decisão por 5 a 2.
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