Guia Improvável da Copa do Brasil 2018

Seja bem-vindo ao Guia Improvável da Copa do Brasil 2018! Pela quarta temporada seguida, selecionamos histórias e personagens que fazem dessa competição uma das mais saborosas do calendário brasileiro. Nesta edição, falamos de times de todas as cinco regiões do país, listamos mascotes, apelidos e veteranos perdidos por aí, relembramos a história do Sport em 2008 e do Cianorte em 2005, conhecemos melhor os novatos Tubarão e Manaus, enfim, muito conteúdo sobre o lado B da competição. Portanto, fique à vontade para rolar a página ou clicar no link para ir direto ao texto.

No final, se gostar, compartilhe com os amigos e deixe seu comentário no rodapé. Afinal, esse guia foi feito com carinho por mais de 10 jornalistas espalhados por várias regiões do país. Vamos nessa?

ÍNDICE DESTA EDIÇÃO

RAIO-X

Velhos conhecidos e jovens surpresas estreiam neste ano

Quem são os 11 times que disputam pela primeira vez a Copa do Brasil 2018?

 Por Igor ‘Mestre’ Nishikiori

Cada vez mais times jovens estão dando as caras no cenário nacional. Essa é a conclusão que podemos tirar ao ver a lista dos clubes que estreiam este ano na Copa do Brasil. Entre os 11 novatos, só três têm alguma tradição, ainda que tenham vivido um período decadente nas últimas décadas: Inter de Limeira-SP, Aimoré-RS e Corumbaense-MS.

Floresta-CE e Atlético Itapemirim-ES, por sua vez, têm estrada no futebol, mas são praticamente desconhecidos em suas regiões, uma vez que só profissionalizaram seu futebol recentemente. De resto, são muitas caras novas pintando, muitos sem sequer uma década de atividade!

Se o objetivo é viver um conto de fadas e ganhar relevância nacional rapidamente, a Copa do Brasil é o torneio certo para isso. Brasiliense em 2002 e Linhares em 1994 são exemplos de clubes que ascenderam rapidamente e pegaram os grandes de surpresa. Será que algum deles conseguirá repetir o feito nesta edição? Façam suas apostas!

Aimoré-RS

Clube que revelou Luiz Felipe Scolari e Mengálvio, o Aimoré viveu grande fase na década de 50, mas nunca conseguiu se firmar na primeira divisão do Estado. Em 1994, licenciou-se do futebol e só retornou em 2006. Após reestruturar o clube, o Índio Capilé voltou à elite do Gauchão em 2014, mas caiu novamente duas temporadas depois, onde continua até hoje.

Em 2017, o Aimoré conseguiu chegar à final da Copa FGF, mas perdeu a chance do título para o São José de Porto Alegre, mesmo vencendo a primeira partida por 1 a 0. Como o campeão escolheu participar da Série D, o time da cidade de São Leopoldo ficou com a vaga para a Copa do Brasil.


Atlético Itapemirim-ES

Com a curiosa sigla de CAI, o Clube Atlético Itapemirim nasceu em 1965 por iniciativa de funcionários torcedores do Atlético-MG e de um botafoguense que foram trabalhar no Banco do Brasil da cidade. Após uma eleição, foi decidido que o escudo do time seria igual ao do Galo de Belo Horizonte. Já o estádio ficou com o nome de José Olívio Soares, o torcedor da Estrela Solitária que foi voto vencido na decisão.

Desde sua origem, o Atlético Itapemirim participou somente de competições amadoras. Isso mudou em 2011, quando o clube decidiu se profissionalizar. Em 2014, conquistou o inédito acesso à primeira divisão e, em 2017, o esperado título estadual em cima do Doze. Com isso, o CAI garantiu a única vaga para a Copa do Brasil dedicada ao Espírito Santo.


Cordino-MA

A história do Cordino passa pelo Copão Maranhão do Sul, um torneio de selecionados municipais do sul do Estado. A boa atuação do time amador da cidade de Barra do Corda em 2009 fez os dirigentes alçarem planos maiores. Em 2010, com ajuda da prefeitura, o Cordino Esporte Clube foi fundado.

Logo em seu primeiro ano na segunda divisão, o time foi à final e perdeu para o tradicional Moto Club, mas garantiu acesso à elite. No estadual de 2017, a Onça foi vice-campeã após uma derrota para o Sampaio Corrêa e ficou com uma das vagas para a Copa do Brasil.


Corumbaense-MS

Por ser um clube centenário, o Corumbaense já viveu diversos altos e baixos, principalmente durante os anos 90 e 2000. Em 2005, após seis anos parado, o Galo Carijó retornou ao futebol profissional e, no ano seguinte, se sagrou campeão da segunda divisão estadual.

Em 2012, o Corumbaense aplicou uma das maiores goleadas do futebol brasileiro: 23 a 1 em cima do Coxim, que tinha entrado em campo com um time sub-20. E, em 2017, após 30 anos, o time retornou a uma final estadual e levou a melhor: bateu o Novoperário e conquistou uma vaga na Copa do Brasil.


Floresta-CE

Após viver seis décadas no amadorismo, o Floresta se profissionalizou em 2015 e teve uma rápida ascensão. Subiu para a segunda divisão naquele mesmo ano e em 2017 conquistou o acesso à primeira divisão estadual. Fora isso, ainda no ano passado, foi campeão da Copa Fares Lopes em cima do tradicional Fortaleza, tirando do Tricolor de Aço a vaga para a Copa do Brasil.

Os dois times, aliás, tem ligações históricas. Além de ambas serem da capital, o homem que dá nome ao bairro do time, Vila Manuel Sátiro, foi casado com a irmã de Alcides Santos, fundador do Fortaleza. Este, por sinal, é tio de Noelzinda, mulher do fundador do Floresta.


Manaus-AM

O time do Gavião Real nasceu em 2013 por obra de Luis Mitoso, ex-vice-presidente do Nacional-AM. E o time surpreendeu já na sua estreia nos gramados, vencendo os dois turnos da segunda divisão estadual e se sagrando campeão do torneio.

Na primeira divisão, o Manaus chegou à semifinal em 2016, mas foi eliminado para o Princesa de Solimões. Na temporada seguinte, com o experiente Ediglê no comando defensivo, o clube esmeralda enfim conquistou o título estadual — e justamente em cima do grande rival Nacional. Com o feito, o Manaus cravou uma vaga inédita na Copa do Brasil.


Nova Iguaçu-RJ

Inicialmente, a ideia do Nova Iguaçu era ser um clube com opções de lazer para crianças da cidade, mas graças à ajuda de nomes como os ex-jogadores Zinho e Zico (então secretário de Esportes do governo Collor), o Nova Iguaçu entrou cenário competitivo em 1991.

Após chegar à elite do futebol carioca em 2006, o Laranjão tem sofrido com campanhas irregulares. Chegou a ser rebaixado em 2015, mas retornou logo em seguida após um campeonato avassalador na B1. Em 2017, se classificou para o quadrangular extra da Taça Rio, conquistando o título em cima do Volta Redonda, o que lhe valeu um lugar na Copa do Brasil.


Novoperário-MS

Outro time de ascensão meteórica que faz sua estreia na competição é o Novoperário de Campo Grande. O time nasceu em 2010 por iniciativa de torcedores dissidentes do Operário, que vivia uma grave crise de gestão que causou um rebaixamento, e uma briga com a federação, cuja punição foi ficar dois anos longe das competições estaduais.

O Novo logo alcançou o sucesso em 2012 ao ser campeão da segunda divisão estadual. E, após cinco temporadas, enfim chegou à sua primeira final na elite. O adversário foi o centenário Corumbaense, que acabou campeão. Mas o vice-campeonato garantiu ao Novo uma inédita vaga na Copa do Brasil.


Real Ariquemes-RO

Com o imponente nome de Real Desportivo Ariquemes Futebol Clube, o clube de Rondônia chamou atenção no ano passado por uma curiosa coincidência: a final do estadual foi justamente entre o Real e o Barcelona de Rondônia, time que tinha então apenas um ano de existência.

Neste novo clássico com cara de rivalidade espanhola, valia não apenas o título inédito, como também a chance de conseguir a única vaga do Estado na Copa do Brasil. E deu o Real Ariquemes, após um empate e uma vitória.


Inter de Limeira-SP

Primeiro clube do interior a ser campeão paulista, no ano de 1986, e campeão da Série B Nacional, em 1988, o Leão quase teve um fim trágico no fim da década de 2000. Dívidas e seguidas más administrações levaram o time à última divisão do futebol paulista.

Mas, em 2017, o torcedor da Inter enfim teve motivos para sorrir. No primeiro semestre, conseguiu um vice-campeonato na Série A-3 paulista após perder em casa para o Nacional — o que garantiu a subida para a A-2. E no segundo semestre, um outro vice, agora na Copa Paulista, após uma disputada final contra a Ferroviária, time que está há três temporadas na primeira divisão paulista. A partida só foi resolvida nos pênaltis e, apesar da derrota, o time de Limeira se credenciou para a Copa do Brasil.


Tubarão-SC

O nome do time tem uma origem curiosa: criado em 2005 como Associação Cultural Recreativa e Esportiva Cidade Azul, o clube logo em seu primeiro ano subiu para a primeira divisão do Campeonato Catarinense. Mas a torcida não se identificava com o nome e exigiu a mudança para Clube Atlético Tubarão — e assim foi feito. É importante não confundir com outro time que tem o nome da cidade, o Tubarão FC, que atualmente está licenciado. A vaga inédita para a Copa do Brasil veio após a conquista da Copa Santa Catarina em cima do Brusque.

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LISTA

De Gato Preto a Sapato: os oito mascotes mais legais desta edição

Depois de conhecê-los, teste seus conhecimentos tentando relacionar os apelidos mais curiosos com os respectivos times. No fim deste texto!

Por Igor Nishikiori

Quando se trata de símbolos, o futebol brasileiro é um prato cheio para a criatividade. Neste sentido, nada é mais brasileiro do que os tradicionais mascotes. Por isso, desde 2014 reservamos um espaço em nosso guia para esses símbolos tão simpáticos da nossa cultura. É sempre uma ótima oportunidade de lembrar que mesmo os times menos prestigiados têm sua história e seus ícones.


Você sabe de quem são os 10 apelidos mais curiosos de 2018?

Na primeira edição do guia, em 2014, fizemos um desafio: você consegue ligar o apelido ao nome do time? Quatro anos depois, repetimos a brincadeira. Para descobrir a qual clube a alcunha se refere, clique no símbolo de “+” dos boxes:

[accordions]
[accordion title=”Alemães” load=”hide”]Globo Futebol Clube
O motivo é simples: as cores do time são inspiradas no da Alemanha[/accordion]
[accordion title=”Azulão das Américas” load=”hide”]São Caetano
O eterno Azulão virou Azulão das Américas após o vice da Libertadores em 2002[/accordion]
[accordion title=”Carrossel da Baixada” load=”hide”]Nova Iguaçu
Ego inflado ou uma homenagem ao time de Rinus Michels?[/accordion]
[accordion title=”Fantasma” load=”hide”]ASA de Arapiraca
Time ganhou a alcunha por desbancar grandes times[/accordion]
[accordion title=”Ferrim” load=”hide”]Ferroviário de Fortaleza
Apelido virou até samba composto por Zezé do Vale[/accordion]
[accordion title=”Galo Elétrico” load=”hide”]Independente Atlético Clube
O Galo vem do mascote do time; e Elétrico porque o time é da cidade onde fica a usina hidrelétrica da Tucuruí[/accordion]
[accordion title=”Manga Mecânica” load=”hide”]Altos
Futebol bonito inspirou comparações com a Holanda de 1974[/accordion]
[accordion title=”Mundão” load=”hide”]São Raimundo-RR
Apelido vem das das cores azul e branca do uniforme[/accordion]
[accordion title=”O Filho da Glória e do Triunfo” load=”hide”]Remo
Que Hino![/accordion]
[accordion title=”Veterana” load=”hide”]Ponte Preta
O segundo time mais antigo do Brasil tem um nome de respeito, além da famosa Macaca[/accordion]
[/accordions]

E aí, conseguiu acertar todos os times? Deixe um comentário para a gente!


LISTA

Um 11 d’AQUELEs!

Sabe aquele veterano que você não ouve falar há algum tempo? Então… ele pode estar na Copa do Brasil!

Por Felipe Augusto, da Revista Série Z

Começo de ano, a Copa do Brasil vai começar e aí você se ajeita no sofá para ver um jogo da competição e eis que de repente: “Eita! Eu conheço esse cara!”. Muito provavelmente, é ele mesmo, um jogador que teve passagem por um clube da primeira divisão, mas que as reviravoltas o levaram para o lado alternativo do futebol brasileiro. Nós fizemos uma escalação, em um esquema pouco usual, um 4-3-1-2, para mostrar AQUELES que ainda continuam jogando e você queria saber onde está de saudade que deixou (ou não)…

GOLEIRO: FELIPE (Uberlândia-MG)

Um dos poucos que se salvaram na campanha de rebaixamento do Corinthians em 2007, Felipe tinha tudo para ter uma carreira estável, mesmo com o comportamento difícil. Teve passagens pelo Braga e Flamengo, mas desde 2014 não conseguiu parar em um lugar. No Uberlândia, ele tem mais uma chance de se mostrar.

LATERAL-DIREITO: CICINHO (Brasiliense-DF)

Pelas reviravoltas, status que teve e bola que jogava, Cicinho é a grande estrela dessa seleção. Jogador campeão por São Paulo e Real Madrid (além de ser amigo do Beckham), o lateral teve problemas com o álcool e chegou a ter depressão, o que o descaminhou no futebol. Sem jogar desde 2016, ele tenta um suspiro positivo no futebol.

ZAGUEIRO: AISLAN (Madureira-RJ)

Em 2008, Muricy Ramalho, então treinador do São Paulo, escalou Aislan como titular em jogo em que poupou os principais atletas. O zagueiro era uma grande promessa do Tricolor, mas logo na estreia foi expulso. Ficou três anos no Morumbi, mas nunca foi o que se pensou que poderia ser. Rodou por vários clubes, teve uma chance no Vasco, mas o caminho foi ser um dos nômades do futebol.

ZAGUEIRO: ANTÔNIO CARLOS (Brusque-SC)

Nessa seleção, Antônio Carlos é o único remanescente da seleção d’AQUELEs de 2016. Se no ano passado, ele era atleta do Boavista, dessa vez, o Brusque é o clube que defende. Foram mais de dez anos de Série A, com passagens por Fluminense, Atlético Paranaense, Botafogo e São Paulo.

LATERAL-ESQUERDO: RICHARLYSON (Cianorte-PR)

Um dos coringas do futebol brasileiro neste século, o filho de Lela também pode (ou deve) atuar como volante nesta temporada, mas o encaixamos na lateral-esquerda. Versátil, Richarlyson teve ótima passagem pelo São Paulo e Atlético Mineiro e chegou a seleção brasileira. Sem estabilidade, o Paraná apareceu como nova rota.

VOLANTE: CRISTIAN (São Caetano-SP)

Faltando segundos para o mercado da nossa seleção fechar, eis que o Azulão contratou um vencedor da Libertadores e que fez parte do elenco do campeão brasileiro em 2017, mesmo com pouquíssimos jogos, apesar o alto salário. Cristian foi anunciado como reforço para ajudar o São Caetano e tentar jogar mais do que vinha atuando…

VOLANTE: ALAN BAHIA (Vitória da Conquista-BA)

Quando a paradinha era liberada nas cobranças de pênaltis, Alan Bahia era considerado como um dos melhores nesse estilo de batida. Um dos nomes do Atlético Paranaense na década passada, o meio-campo atuará pela primeira vez em um clube do estado que nasceu.

VOLANTE: CORRÊA (Ituano-SP)

Se nossa seleção fosse para o mundo real e uma falta pintasse, Corrêa seria o cobrador oficial do time. Com carreira por grandes clubes nacionais, como Palmeiras, Atlético Mineiro e Flamengo, e cinco temporadas pelo ucraniano Dínamo Kiev, o meia é a referência técnica do Ituano para essa temporada.

MEIA: LÉO LIMA (Madureira-RJ)

O dono da camisa 10 (!?) do nosso esquadrão é Léo Lima, aquele ex-Vasco, que surgiu como um meia clássico e elegante, pela altura e boa visão de jogo, mas não foi bem assim, muito pela venda para o búlgaro CSKA Sofia. Teve boas passagens por Santos, São Paulo e Palmeiras. Após cinco temporadas nos Emirados, não conseguiu se reestabilizar no futebol tupiniquim.

ATACANTE: SOUZA (Madureira-RJ)

O Madureira tem mais um nessa seleção, é o Souza “Caveirão” (em ritmo de canto de torcida)! Formado no próprio clube, no fim dos anos 1990, o centroavante começou a ganhar destaque no Vasco, mas foi no Goiás que ficou mais em ênfase, com a artilharia do Brasileirão 2006. Passou por Flamengo, Corinthians, Bahia, Vitória, Criciúma e Paysandu até retornar ao tradicional bairro em 2016.

ATACANTE: JORGE PREÁ (Real Ariquemes-RO)

O palmeirense chega a tremer quando ouve esse nome. Descoberto por César Sampaio, poucos entendem como ele chegou ao clube ao Palmeiras vindo do Pelotas, mesmo com os 18 gols marcados na segundona estadual de 2007. Foram apenas oito jogos pela equipe, mas com um gol célebre contra a Portuguesa, no Paulista, nos acréscimos. Se tornou folclórico, mas não tem uma página em português na Wikipédia, um erro enorme…

TÉCNICO: WASHINGTON (Vitória da Conquista-BA)

Um dos mais carismáticos, valentes e goleadores centroavantes do século no futebol nacional, Washington está vivendo a primeira experiência como treinador pelo Vitória da Conquista. É a única escolha possível para comandar nosso esquadrão.

LISTA

Confrontos que amamos: quatro jogos que estamos contando as horas para assistir

As partidas acontecem em dias diferentes e algumas com previsão de transmissão televisiva para todo o Brasil. Programe-se!

Por Guilherme Semerene

A primeira fase da Copa do Brasil é prato cheio para quem gosta de futebol alternativo. Muitos times pouco conhecidos no cenário nacional, outros até com mais nome, mas supostamente mais fracos diante de grandes adversários. Porém, independente da expectativa criada, história para contar é o que não falta. Por isso, listamos aqui alguns jogos que, desde já, estamos morrendo de vontade de saber no que vai dar, por todo o contexto envolvido. Acompanhe:

Atlético-AC x Atlético-MG

O Atlético Acreano terá missão complicadíssima logo de cara, contra seu xará mineiro. E não será a primeira vez que os times estarão frente a frente. Na primeira vez da equipe de Rio Branco na Copa do Brasil, o clube foi eliminado com duas derrotas: 1-0 e 2-0. Já no ano passado, nova vitória do Galo por 1-0, em um amistoso de pré-temporada. Para piorar o trauma, outro mineiro, o América, foi o responsável pela eliminação dos acreanos na Copa passada. Será que este ano o time do Norte conseguirá quebrar a escrita de nunca ter sequer feito gol em equipes mineiras no torneio?

QUANDO VAI SER? 7 de fevereiro (quarta), 21h45, Arena da Floresta (Rio Branco-AC) [Globo MG, a confirmar]

Nacional-AM x Ponte Preta-SP

Apesar da distância geográfica, Nacional-AM e Ponte Preta estarão frente a frente pela QUINTA vez na história. Para ficar ainda mais saboroso, os campineiros tentarão voltar a vencer os manauaras depois de mais de 40 anos! A última e única vitória aconteceu durante a segunda fase do Campeonato Brasileiro 1976: 5-0 para a Ponte de Dicá, Marco Aurélio e Parraga. Em 2013, na melhor participação do Nacional na história da Copa do Brasil, os amazonenses venceram por 1-0 no Moisés Lucarelli e repetiram o placar também em casa. Só deixaram a competição nas oitavas, para o Vasco.

QUANDO VAI SER? 6 de fevereiro (terça), 19h15, Arena da Amazônia (Manaus-AM) [SporTV, a confirmar]

Madureira-RJ x São Paulo-SP

Times das duas maiores cidades do Brasil se enfrentam constantemente, certo? Não Madureira e São Paulo, que jamais se enfrentaram. Populares em suas regiões (Madureira na Zona Norte da capital fluminense e São Paulo na Zona Sul da capital paulista), os dois têm algo em comum, além de serem tricolores: o técnico Telê Santana como ídolo. Vencedor de duas Libertadores e dois Interclubes pelo Tricolor Paulista, Telê chegou a vestir a camisa do Suburbano no final de sua carreira como jogador.

QUANDO VAI SER? 31 de janeiro (quarta), 21h45, Estádio do Café (Londrina-PR) [Globo SP, a confirmar]

Novo Hamburgo-RS x Paysandu-PA

Vamos supor que, como campeão estadual, você melhore seu ranking e tenha um duelo relativamente mais fácil na Copa do Brasil. Sorte, não? No caso do Paysandu, definitivamente não. O time do Pará, que venceu seu Estadual, acabou sendo sorteado para enfrentar o Novo Hamburgo, que ano passado conseguiu furar a dupla Gre-Nal e se sagrou campeão gaúcho. Sem dúvida, um confronto equilibradíssimo – e imperdível. Para piorar, o time do Pará terá que encarar uma viagem de 4 mil kms até o Rio Grande do Sul, onde acontece a partida única.

QUANDO VAI SER? 1 de fevereiro (terça), 21h30, Estádio do Vale (Novo Hamburgo-RS) [SporTV, a confirmar]

 

Acesse a tabela completa da Copa do Brasil no site da CBF

RAIO-X

Luverdense, a “intrusa” no clube dos 11 que já entra na fase final

Time de Lucas do Rio Verde (MT) venceu a Copa Verde e assegurou uma vaga direta nas oitavas de final da Copa do Brasil. Será que avança?

Por Diego ‘Frango’ Freire

Quase todos times que chegaram nas quartas de final da Copa do Brasil de 2017 tiveram um privilégio: entraram na competição em maio, já nas oitavas, poupados de quatro desgastantes confrontos de mata-mata.

A edição de 2018 será a sexta desde que os clubes da Libertadores voltaram a disputar a competição e passaram a ter esse privilégio, junto com outros poucos times. Nesses cinco anos, Atlético-MG (2014) e Grêmio (2016) conseguiram o título jogando apenas oito partidas. Flamengo (2013), Palmeiras (2015) e Cruzeiro (2017) levantaram a taça disputando todas as etapas.

Em 2018, onze felizardos assistirão aos primeiros jogos de camarote e já têm lugar garantido entre os 16 melhores do campeonato: os oito brasileiros na Libertadores (Grêmio, Cruzeiro, Corinthians, Palmeiras, Santos, Flamengo, Vasco e Chapecoense), acompanhados de América-MG (campeão da Série B 2017), Bahia (campeão da Copa do Nordeste 2017) e Luverdense (campeão da Copa Verde 2017).

O time mato-grossense é, sem dúvidas, a presença mais curiosa nesse “clube”. Afinal, depois do título regional que garantiu seu lugar na fase final da Copa do Brasil, o Verdão de Lucas do Rio Verde teve uma campanha repleta de dificuldades na Série B, que culminou no rebaixamento, após quatro temporadas na “segundona”. Um desmanche natural aconteceu na sequência, com a partida dos dois jogadores mais conhecidos do elenco: o atacante Marcos Aurélio, ex-Coritiba, que partiu para o Botafogo-PB; e o meia Sergio Mota, hoje com 28 anos e ainda lembrado pelos anos em que foi promessa do São Paulo nas categorias de base. Mota anunciou transferência para o Vila Nova-GO em dezembro, mas, antes mesmo de estrear, assinou com o Zheijang Yiteng, da segunda divisão chinesa.

Pimentinha, que chegou a atrair atenções de grandes do país quando esteve no Sampaio Corrêa, é o reforço mais festejado da Luverdense no início de 2018

Com pretensões modestas, a equipe se reforçou com nomes como Pimentinha (ponta que ganhou fama pelos anos em que atuou no Sampaio Corrêa) e o lateral Guilherme (promessa da base do Palmeiras). O meia Rubinho, que acumula diversas passagens no futebol mato-grossense, é outra esperança de formar um bom elenco para buscar o quarto título Estadual na história, brigar pelo bi da Copa Verde e fazer uma boa campanha na Série C. Na Copa do Brasil, literalmente, o que vier é lucro. A expectativa é que o sorteio, que será feito apenas em maio, coloque no caminho algum adversário com grande torcida para atrair visibilidade.

Em 2013, a Luverdense fez sua grande campanha na Copa do Brasil, quando vendeu caro uma eliminação para o Corinthians

Foi o que aconteceu, por exemplo, em 2013, ano em que o time do interior mato-grossense surpreendeu, eliminando Bahia e Fortaleza, e chegando até as oitavas final, quando deu muito trabalho para o Corinthians, então campeão mundial (uma histórica vitória por 1-0 em Lucas do Rio Verde e derrota por 2-0 em São Paulo). Em 2017, o alvinegro paulista voltou a aparecer no caminho – mas, dessa vez, o mando da ida foi em Cuiabá, onde os visitantes venceram por 2-0. Na volta, um empate por 1-1 na Arena Corinthians, sem grandes emoções.

Aos 19 anos, Matheusinho atrai diversos olhares de cobiça, mas segue no América-MG

Dentre os clubes que não estão na Libertadores, Bahia e América-MG entram direto na fase final com alguma chance de surpreender. O Tricolor baiano, aliás, fez uma grande campanha no Brasileirão e até chegou a sonhar com o torneio sul-americano, mas perdeu alguns de seus principais destaques na virada do ano, como o atacante Mendoza (hoje no francês Amiens), o meia Renê Júnior e o lateral esquerdo Juninho Capixaba (ambos contratados pelo Corinthians) e o goleiro Jean (negociado com o São Paulo).

Ainda assim, foram mantidos nomes importantes (especialmente os meias Régis e Zé Rafael e os atacantes Hernane e Edigar Junio), além dos reforços que chegaram parecerem bem interessantes, como o goleiro Douglas (destaque do Avaí), o meia-atacante Élber (ex-Cruzeiro), os laterais Mena (ex-Sport) e Nino Paraíba (ex-Ponte Preta) e o volante Nilton (ex-Inter e Cruzeiro, que estava no futebol japonês). O treinador Carpegiani foi para o Flamengo, mas Guto Ferreira assumiu em seu lugar – justamente o técnico que venceu a Copa do Nordeste do ano passado com o Tricolor de Aço, mas deixou o time de maneira polêmica, ao receber uma proposta do Internacional.

MEMÓRIA UD

Cianorte-PR volta à Copa carregando feito de 2005 e tabu curioso

Naquele ano, clube do interior paranaense, então novato na competição, chamou a atenção do país ao bater galáctico time do Corinthians em jogo de ida

Por Leonardo Bonassoli, do Futebol Metrópole
Carlitos Tevez sofrendo marcação pesada do Cianorte na Copa do Brasil 2005

Neste ano, o modesto Cianorte-PR fará apenas a sua terceira participação na Copa do Brasil. Sem nunca ter passado da segunda fase, o time do interior paranaense, que completa 16 anos em fevereiro, vai à campo com a expectativa de repetir o furor causado em 2005, quando estreava no torneio. Naquele ano, chamou a atenção do país todo ao dar um susto no galáctico time do Corinthians, dos argentinos Tevez e Mascherano, na estreia do técnico Daniel Passarella.

Depois de passar pelo CENE-MS com facilidade, o Leão do Vale do Ivaí cruzou o caminho do time paulista. Jogando em Maringá-PR, o time comandado pelo técnico Caio Júnior, uma das vítimas do acidente aéreo da Chapecoense, então em seu quarto emprego como treinador, não tomou conhecimento do Timão: venceu por 3-0, com gols de Edson e Márcio Machado (2), o último em uma bicicleta.

Franco atirador, o Cianorte poderia ter conquistado uma vantagem mais elástica para o jogo de volta, mas não conseguiu — uma bola do então reserva Valdiram, AQUELE, quase entrou no fim do jogo. “Na primeira partida, estávamos muito relaxados, pois não tínhamos responsabilidade alguma”, disse em 2015 o então goleiro do Cianorte, Adir Kist, à reportagem do Portal iG. O goleiro pegou um pênalti no Willie Davids.

Cerca de um mês depois, no jogo de volta, o encanto se desfez. Precisando de quatro gols para se classificar, o Corinthians teve tempo para se recuperar e aplicou um 5-1 no Pacaembu, em um duelo marcado erros de logística em uma noite em que a inexperiência e o ‘oba-oba’, fruto do feito do jogo da ida, pesaram contra a equipe paranaense.

O Cianorte acabou se hospedando na boêmia Rua Augusta, atrapalhando o sono dos atletas. Para piorar, o clube tomou um balão do ônibus que iria levar a delegação ao Pacaembu. Assim, vans tiveram de ser contratadas em cima da hora, e o time chegou apenas 15 minutos antes do jogo. Com isso, toda a preparação ficou comprometida.

Perdendo no intervalo por 2-1, o que ainda interessava, houve uma discussão no vestiário envolvendo um jogador que não queria ser substituído. Para piorar as coisas, o Corinthians manteve o ímpeto no segundo tempo, e Adir acabou falhando no quarto gol. “Eu era um dos pilares do time. Falhei no gol do Roger, era uma bola que defenderia. Senti bastante este gol até porque, quando saí de Cianorte, falei para minha esposa que o Corinthians teria de passar por cima de mim para se classificar”, relembrou o goleiro, que depois da eliminação, largou as luvas e virou gerente de futebol no próprio Cianorte.

Depois da epopeia, o Cianorte jogou mais uma vez a Copa do Brasil, em 2013. Novamente chegou à segunda fase, eliminando o Barueri em dois jogos e depois perdendo em partida única para o Atlético-GO. Neste meio tempo, o Leão do Vale chegou a cair no Paranaense e disputou duas temporadas na Segundona até o título em 2016, que valeu o retorno à elite. Com a melhor campanha entre os times sem divisão no ano passado, semifinalista, o Cianorte ganhou numa tacada só a vaga na Copa do Brasil e na Série D.

Na estreia, encara o ABC em jogo no Albino Turbay, no dia 7 de fevereiro, às 16 horas. Se passar, pega em jogo único o vencedor de São Caetano e Criciúma. O elenco mescla jovens como o lateral argentino Arroyo e o atacante André Luís com a experiência dos volantes Léo Gago e Richarlyson, este a chegada de maior impacto. “A experiência de alguns atletas vai dar segurança e suporte aos mais jovens”, disse o técnico Marcelo Caranhato ao jornal Tribuna do Paraná. Será que desta vez irá além da segunda fase?

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MEMÓRIA UD

2008: o ano em que o Leão rugiu mais alto

Há 10 anos, o Sport-PE conquistava o inédito título da Copa do Brasil, quebrando a hegemonia dos clubes do Sul e Sudeste

Por Julimar Pivatto

COPA DO BRASIL 2008 

PRIMEIRA FASE
Imperatriz 2 x 2 Sport
Sport 4 x 1 Imperatriz

SEGUNDA FASE
Brasiliense 1 x 2 Sport
Sport 4 x 1 Brasiliense

OITAVAS DE FINAL
Palmeiras 0 x 0 Sport
Sport 4 x 1 Palmeiras

QUARTAS DE FINAL
Internacional 1 x 0 Sport
Sport 3 x 1 Internacional

SEMIFINAL
Sport 2 x 0 Vasco
Vasco 2 (4) x 0 (5) Sport

FINAL
Corinthians 3 x 1 Sport
Sport 2 x 0 Corinthians

Magrão; Diogo, Durval, Igor e Dutra; Daniel Paulista, Sandro Goiano, Kássio e Luciano Henrique; Carlinhos Bala e Leandro Machado. Esse foi o time que o técnico Nelsinho Baptista colocou em campo naquele 11 de junho de 2008. Jogando em casa, diante de mais de 34 mil pessoas, o Sport tinha uma grande vantagem para reverter se quisesse conquistar o inédito título da Copa do Brasil. No jogo de ida, em São Paulo, o Corinthians havia vencido por 3-1. Mas aquele gol de Enilton, já nos acréscimos do jogo, foi determinante para manter acesa a chama da conquista.

Para o jogo decisivo, Nelsinho fez algumas mudanças. Enilton era cotado para ser titular, especialmente depois da boa atuação no primeiro confronto. Ainda assim, Nelsinho preferiu colocar Kássio, alteração que não surtiu efeito e foi logo corrigida aos 25 minutos, quando Enilton retomou a posição. A mudança deu certo e o Sport passou a dominar o jogo. Menos de 10 minutos depois, o rubro-negro abriu o placar. Luciano Henrique tocou para Carlinhos Bala fazer 1-0. Logo na sequência, Luciano Henrique aproveitou rebote da zaga e, de primeira, fez 2-0.

O Corinthians então resolveu ir para cima, já que com um gol ficaria com o título. Mas o nervosismo paulista atrapalhou a equipe. Wellington Saci, que entrou no lugar de Dentinho aos 27min do segundo tempo, ficou apenas um minuto em campo – foi expulso ao dar um pisão em Carlinhos Bala. E não poderia faltar uma polêmica para apimentar a decisão. Nos minutos finais, Acosta foi driblar Magrão e caiu. Os corintianos reclamaram de pênalti, mas o árbitro Alício Pena Júnior acabou mesmo foi expulsando o zagueiro alvinegro William.

Em 12 jogos na competição, foram sete vitórias, dois empates e só três derrotas. Das vitórias, duas marcaram a campanha rubro-negra: contra o Palmeiras, por 4-1, no jogo da volta das oitavas de final; e contra o Vasco, na partida de volta da semifinal, quando, mesmo perdendo de 2-0, conquistou a vaga nos pênaltis, já que havia vencido a ida pelo mesmo placar, em casa.

ENTREVISTA

Tubarão-SC estreia no cenário nacional em busca de meta ousada

Com investimento baixo, modesta equipe de Santa Catarina espera surpreender em torneio nacional para conseguir avançar no projeto de ser top 40 até 2025

Por Diorgnes Saldanha Lima
Tubarão-SC: apostando em gestão diferenciada, diretoria quer clube entre os 40 maiores do país até 2025

Não é segredo para ninguém que a principal missão das equipes menores é tentar surpreender e chegar o mais longe possível. Com o Clube Atlético Tubarão não seria diferente. Após uma campanha sólida no Estadual 2017 (foi o sexto colocado geral) e a conquista da Copa Santa Catarina, a equipe fundada em 2005 terá a oportunidade de fazer sua estreia em competições nacionais. Mas não pense que a participação na Copa do Brasil se deu ao acaso. O time, considerado o primeiro clube startup do país, tem em seu planejamento estar entre as 40 maiores equipes do país até 2025!

Por isso, a participação no mata-mata nacional não deslumbra a equipe, que mantém uma folha salarial considerada baixa, em torno de R$ 170 mil mensais. Júlio Rondinelli, gerente de futebol do clube, contou em entrevista exclusiva ao Última Divisão que o planejamento anual da equipe seria o mesmo caso o clube não participasse da competição nacional. Apesar do discurso pé-no-chão, a equipe espera atuar de forma competitiva. A caminhada começa contra o América-RN, dia 31, no estádio Domingos Gonzales. Confira o papo que tivemos com o dirigente:

Júlio Rondinelli, gerente de futebol do Tubarão-SC, que estreia na Copa do Brasil este ano

Última Divisão: Como o Tubarão encara esta temporada?

Júlio Rondinelli: É considerada a mais importante da história do Tubarão, com disputa de duas competições nacionais [o time também jogará a Série D do Brasileiro], além do Campeonato Catarinense e a possibilidade de termos a Copa Santa Catarina novamente no segundo semestre. O objetivo é ganhar espaço no cenário nacional, fortalecendo a marca do clube.

UD: Como o clube se preparou para esse calendário?

JR: Iniciamos a formação do grupo em junho de 2017, com a Copa Santa Catarina, pela qual acabamos conquistando essa vaga para a Copa do Brasil. No entanto, o objetivo principal sempre foi a disputa do Campeonato Catarinense, de olho na Copa do Brasil. Temos no elenco 28 atletas e entendemos que, com eles, podemos disputar o Campeonato Catarinense e a Copa do Brasil de forma competitiva.

UD: Como é administrar um clube em uma cidade pequena e ter que dividir a atenção da torcida e investidores com outro clube [Hercílio Luz] na cidade?

JR: A administração do Tubarão é pautada por princípios de profissionalismo. Todas as decisões são tomadas com muito critério pela direção de forma equilibrada, levando em consideração o torcedor, que é o principal bem do clube. E a reposta do torcedor local tem sido extremamente satisfatória, com a presença no estádio e a adesão aos planos de sócios.

UD: Qual é a influência da Copa do Brasil no planejamento do clube e na busca por investimento e jogadores?

JR: A formação do elenco seria a mesma sem a Copa do Brasil, porque o grau de dificuldade do Catarinense também é muito alto.

UD: O clube tem a meta de estar entre os 40 maiores clubes do país até 2025. Como trabalha para chegar a isso?

JR: O clube vem crescendo solidamente nos últimos anos, desde que o projeto iniciou no fim de 2015, e todos os passos seguem o planejamento traçado.

PERFIL

O show (de Rafael Lima) tem que continuar

No período de um ano, zagueiro fã de pagode escapou da tragédia da Chape e protagonizou a conquista da Série B do Brasileiro pelo América-MG; agora, retorna à Copa do Brasil para consolidar sua volta por cima

Por David Santana
Foto: Lucas Figueiredo/CBF
Aos prantos, Rafael Lima comemora título do América-MG na Série B do Campeonato Brasileiro 2017

Deixa a vida me levar
(Vida leva eu!)

Deixa a Vida me Levar – Zeca Pagodinho

E a vida levou Rafael Lima, zagueiro catarinense de 31 anos, pai de uma filha e fã de Zeca Pagodinho, Fundo de Quintal e Xande de Pilares, para lugares e momentos que ele talvez nunca tivesse imaginado. Momentos de altos e baixos, como tudo na vida: de um inesperado vice-campeonato nacional logo no início da carreira até uma grave lesão que o fez pensar o fim precoce da carreira. Da tristeza de perder muitos colegas em um acidente aéreo em que ele escapou por pouco até a alegria de marcar o gol que garantiu o título e o acesso de seu time para a elite do futebol brasileiro, além de uma vaga privilegiada na Copa do Brasil.

É… do jeito que a vida quer…

Do Jeito Que a Vida Quer – Grupo Revelação

A música de Benito de Paula, cantada pelo Xande de Pilares no Revelação, marca um pouco do início da carreira de Rafael Lima. Ao lado de nomes como Chicão e André Santos (ex-Corinthians e Flamengo), Cleiton Xavier (ex-Palmeiras), Wilson (atualmente no Coritiba) e Henrique (atualmente no Cruzeiro), o então jovem zagueiro fez parte do elenco do Figueirense que foi vice-campeão da Copa do Brasil 2007, após perder a final para o Fluminense.

Rafael não chegou entrar em campo naquela Copa do Brasil, mas foi opção do técnico Mário Sérgio Pontes de Paiva naquela final, assim como em alguns outros jogos. Era tido como revelação, mas nunca conseguiu uma grande sequência na equipe, o que acabou provocando sua saída para o Ceará, de onde logo seguiu para o Al Sharjah (Emirados Árabes Unidos). No entanto, foi quando decidiu voltar ao Brasil que viveu seu pior momento na carreira.

Era dia e noite
E eu entrava pela madrugada
Correndo atrás dos meus sonhos
Jamais me entregava

Perseverança – Xande de Pilares

A música Perseverança, de Xande de Pilares, marca o segundo ato da carreira de Rafael Lima. Ao voltar dos Emirados Árabes Unidos, o jogador passou um ano (entre 2010 e 2011) sem clube, momento em que pensou em largar o futebol. “Conversei com minha esposa e minha filha que, se não desse certo, faria um curso de Educação Física para ingressar em comissões técnicas de futebol”, comentou. Acertou com o Inter de Santa Maria-RS, mas ficou sem receber e novamente pensou em parar de jogar.

Mas, como diz a música, “é que em cada experiência se aprende uma lição”. E, após tanta incerteza, Rafael conseguiu um contrato em seu estado de origem, para defender o Hercílio Luz-SC na segunda divisão estadual. Voltar a Santa Catarina lhe fez bem e rendeu um convite para dar o maior salto de sua carreira: defender a Chapecoense.

Eu venci…
Mas pra vencer tem que querer

Eu Venci – Naldo & Xande de Pilares

Mais uma vez Xande canta um pouco da carreira de Rafael. E olha…ele venceu! No começo, amargou a reserva com vários técnicos, mas assumiu a titularidade com Gilmar del Pozzo, em 2012, e desde então virou o capitão e um dos principais nomes da arrancada do Verdão à Série A do Brasileirão. Em mais de 200 jogos pela Chape (quatro Copas do Brasil!), conquistou dois acessos nacionais (da Série C à Série A), um Estadual e o principal: uma Copa Sul-Americana. Tornou-se referência de um time, que, assim como ele, foi subindo de patamar a cada ano.

Depois de um 2015 importante, onde conseguiu manter a Chapecoense na elite e ajudou a levar o time às quartas da Sul-Americana (caiu para o River Plate, apesar da vitória na Arena Condá), o ano de 2016 surgia com a expectativa de ser o auge de um elenco cada vez mais maduro. E o início foi, de fato, muito especial. E Rafael, como capitão, levantou sua primeira taça pela Chape, a do Campeonato Catarinense.

Erga essa cabeça, mete o pé e vai na fé
Manda essa tristeza embora

Tá Escrito – Banda Revelação

Depois do título estadual e do bom início no Brasileirão e na Sul-Americana, Rafael sofreu uma lesão no joelho. Era a primeira vez em vários anos que ele perdia a titularidade e a faixa de capitão. No entanto, o que foi um motivo de descontentamento no início, acabou mudando a vida do jogador.

Recuperado da lesão, Rafael ainda brigava para retomar sua vaga de titular no time treinado por Caio Júnior. Reserva, acabou cortado da comitiva que viajou no fatídico voo 2933 da LaMia, que caiu na Colômbia e vitimou 71 pessoas, entre eles 19 jogadores e membros da comissão técnica da Chape, além do comentarista Mário Sérgio Pontes de Paiva, que havia treinado Rafael em seu início de carreira no Figueirense, e do gerente de futebol Cadu Gaúcho, principal responsável pela ida de Rafael para a Chape.

Outra vez o nosso cantar
E a gente vai ser feliz…
O show tem que continuar…

O Show Tem Que Continuar – Fundo de Quintal

E continuou! Porém, longe de Santa Catarina. Foi no América-MG que Rafael recuperou seu futebol e se tornou titular, capitão e líder, inclusive “da galera do pagode” que anima o vestiário. Na Série B do Brasileiro, seu novo time entrou como coadjuvante de um torneio que contava com a inédita participação do Internacional-RS. Contudo, atuações seguras fizeram o Coelho se consolidar na liderança, conseguindo, inclusive, ser o primeiro time a confirmar o acesso, antes mesmo do Inter.

Após o gol que garantiu o título do América-MG, Rafael Lima lembrou de seus companheiros vitimados na tragédia da Chape

Quis o destino, porém, que o desfecho principal ficasse a cargo de Rafael Lima. Aos 20 minutos do segundo tempo do jogo contra o CRB, no dia 25 de novembro (quase um ano após a tragédia da Chape, ocorrida dia 28), Rafael usava o pé direito para dar ao América o seu segundo título da Série B. Título esse dividido com muitos, como declarou o zagueiro após a conquista: “Dedico o título a este grupo, mas quero oferecer também a todos aqueles guerreiros (da Chape) que não estão mais entre nós”, disse.

Além do título, o gol de Rafael Lima trouxe outros pontos positivos, entre eles a classificação direta para as oitavas da Copa do Brasil, o que curiosamente já garante a melhor campanha do clube na história da competição e uma cota de mais de R$ 2 milhões, dinheiro importantíssimo para o planejamento do clube mineiro na temporada.

Reconhece a queda
E não desanima
Levanta, sacode a poeira
Dá a volta por cima

Volta por Cima – Beth Carvalho

Para 2018, além de muito samba e pagode, Rafael espera conquistar mais títulos com o América. E por que não o da Copa do Brasil? Nesse sentido, o jogador vê semelhanças entre o seu primeiro clube e o atual. “Em 2007, tínhamos uma mescla de atletas experientes e outros vindos da base, o que deu muito certo. Esse ano também temos atletas extremamente experientes e garotos com potencial muito grande. Esperamos que esse casamento possa gerar grandes conquistas”, afirmou.

Além disso, a Copa do Brasil também pode marcar o reencontro entre Rafael e a Chapecoense – as duas equipes entram na competição nas oitavas. “Estou preparado. Sempre fiz o meu melhor por onde passei. fiquei cinco anos na Chape, fiz mais de 200 jogos. Em 2017, tive um ano espetacular pelo América. Tenho todo o respeito e gratidão pela Chape, mas por uma questão de sobrevivência irei defender as cores do Coelho com muito afinco, contra qualquer adversário”.

Em 2018, Rafael Lima quer seguir sua trajetória de ascensão e não teme encarar a Chape

Até onde o América poderá chegar na Copa do Brasil não dá pra afirmar. O time, como destacou Rafael, conta com boas revelações, como seu parceiro de zaga Messias, o atacante Matheusinho e os meias Cristhian e Zé Ricardo, além de jogadores experientes, como os meias Gerson Magrão e Renan Oliveira, o zagueiro Lima e o atacante Bill, que já foi artilheiro da competição em 2015 (seis gols pelo Ceará).

Além deles, também estão no elenco o meia David e a principal contratação do ano, o atacante Rafael Moura, vindo do Atlético-MG. Curiosamente, os dois conquistaram a competição pelo Fluminense em 2007, justamente contra o Figueirense de Rafael Lima. Por essas e outras, ao som de Jorge Aragão, a mensagem do América para os adversário na Copa do Brasil é:

Respeite a camisa que a gente suou
Respeite quem pode chegar onde a gente chegou…

Moleque Atrevido – Jorge Aragão

RAIO-X

Uberlândia, uma montanha-russa em busca da estabilidade

Por competência dos adversários, time do interior mineiro conquistou vaga no torneio e agora busca superar a desconfiança com atletas experientes

Por Emanuel Colombari
Foto: Caroline Aleixo/Globoesporte.com
Goleiro Felipe assinando contrato com o Uberlândia ao lado do do ex-presidente Guto Braga

O Uberlândia fez uma campanha apenas mediana no Campeonato Mineiro de 2017. Sexto colocado entre 12 times, nem ao menos passou à segunda fase da competição. E tampouco teria uma das quatro vagas do estado para a Copa do Brasil de 2018.

Ainda assim, está lá. Mas como?

Os semifinalistas do Módulo I de Minas Gerais em 2017 foram Atlético-MG, Cruzeiro, América-MG e URT. No entanto, o Cruzeiro foi campeão da própria Copa do Brasil 2017, classificando-se para a Copa Libertadores da América e abrindo uma vaga – que ficou com a Caldense, quinta colocada do Campeonato Mineiro.

Veio ainda a Série B do Campeonato Brasileiro, que terminou com o título do América-MG – de certa forma surpreendente, tendo em vista o favoritismo do Internacional na competição. O título da Série B deu aos americanos o direito de entrar direto nas oitavas de final da Copa do Brasil 2018, abrindo mais uma vaga no início da competição. Desta vez, o favorecido foi justamente o Uberlândia, sexto colocado do Mineiro.

Embora o Uberlândia – fundado em 1922 – represente um dos mais tradicionais emblemas do futebol mineiro, seu histórico na Copa do Brasil é bastante discreto. Sua única campanha no torneio aconteceu em 2004, quando perdeu em casa para o Juventude na primeira fase por 3 a 0 e se despediu logo na estreia. O time gaúcho tampouco foi longe e caiu logo na segunda fase, diante do Fluminense.

Desde então, muita coisa aconteceu no Parque do Sabiá. Rebaixado no Campeonato Mineiro de 2010, disputou o Módulo II entre 2011 e 2015. Em 2016, de volta à elite, passou a ter seu futebol gerido pela Universidade do Futebol, mas só se salvou da degola no fim da competição. Em 2017, voltou a administrar seu próprio departamento de futebol.

Para 2018, as mudanças no clube começaram pela cúpula: eleito em setembro, o presidente Flávio Gomide assumiu o posto antes ocupado por Guto Braga. A nova diretoria chegou com reforços – o goleiro Felipe, ex-Corinthians e Flamengo, é o mais conhecido.

Além dele, também vieram o veterano zagueiro Ferron (aquele, ex-Ponte Preta), o volante Silvano (ex-América-RJ), os meias Leandro Chaparro (ex-San Lorenzo e Vasco) e Eliomar (ex-Chapecoense e Joinville), e os atacantes Deivison (ex-Resende), Alfredo (ex-Luverdense), Jarlan (ex-Goiás) e Ricardinho (ex-Londrina). Elias, atacante ex-Botafogo, Figueirense e Cuiabá, também foi anunciado, mas não se acertou. E até Adriano, o Imperador, foi especulado no clube, mas o boato não evoluiu.

No comando de tudo isso, um velho conhecido da torcida: o técnico Paulo Cezar Catanoce, campeão do Módulo II de 2015. Catanoce já havia comandado o time também em 2017.

A campanha em 2018 ainda não empolga, é verdade. No Campeonato Mineiro, foram apenas três pontos em três jogos, com direito a uma derrota por 4 a 0 frente ao Cruzeiro. A chance de reação pode vir na Copa do Brasil, na qual encara o Ituano na primeira fase. Se não der certo, o time ainda terá a Série D do Brasileiro para tentar fazer um bom papel – um calendário de fazer inveja a vários clubes menores do país.

RAIO-X

Caçula, Manaus-AM quer levar o verde além da Amazônia

Clube mais novo na disputa da Copa do Brasil 2018 quer deixar sua marca e já almeja segunda fase da competição

Por Matheus Raymundo

A história mostra que, a partir das dissidências, o futebol cresce no Amazonas. No início de 1930, jogadores e sócios insatisfeitos com o rumo das eleições no Nacional deixaram a agremiação e fundaram o Fast. Em 2013, Luís Mitoso (ex-presidente) e Giovane Silva (ex-diretor de futebol) também se desvincularam do Leão da Vila Municipal e deram origem ao Manaus Futebol Clube.

No mesmo ano, o Verdão disputou a Série B amazonense e conquistou o título. Em 2014, 2015 e 2016, fez campanhas medianas na elite estadual, mas 2017 trouxe a consagração: o time foi campeão e garantiu vaga no Brasileiro da Série D e na Copa do Brasil e Copa Verde de 2018.

Foto: Emanuel Siqueira/ASCOM Manaus FC
Manaus foi campeão amazonense em 2017 e conquistou vaga inédita na Copa do Brasil

Aderbal Lana, doze vezes campeão amazonense, foi o técnico que levou o Manaus até o título. Porém, deixou o Gavião ainda em 2017. Wladimir Araújo, que dirigiu o Gurupi-TO na Série D 2017 e o Nacional-AM em 2009, será o responsável por comandar a equipe este ano, junto com o auxiliar Igor Cearense, ex-jogador com passagens por Flamengo-RJ e Fortaleza-CE.

“A diferença do Manaus para surpreender na Copa do Brasil é a organização do clube. Eu, que trabalhei em São Paulo (no Marília-SP) e comecei minha carreira em 2005, vejo muita organização aqui. O diferencial é este”, definiu Araújo.

Foto: Emanuel Siqueira/ASCOM Manaus FC
Elenco, Comissão Técnica e diretores do Manaus F.C. para 2018

Na primeira fase da Copa do Brasil, o adversário do Manaus será o CSA-AL, atual campeão da Série C. Vencendo o jogo, marcado para o dia 07 de fevereiro, às 22h30 (de Brasília), os amazonenses receberão o vencedor de Madureira-RJ e São Paulo-SP. Araújo espera que o Verdão faça história: “Respeitamos muito o CSA, mas o objetivo nosso é chegar, no mínimo, no São Paulo. É um grupo forte, com jogadores remanescentes, campeões em 2017. A gente tá em busca do objetivo, que é chegar à segunda fase.”

Para atingir esta meta, o Manaus possui um elenco de 25 atletas. Alguns com bastante experiência, caso do meia Rossini, ex-Santos-SP e com passagem marcante pelo Rio Branco-AC; do zagueiro Paulão, ex-Paysandu-PA e América-RN; Panda, volante que atuou por Remo-PA e CSA-AL; além do atacante Nena, que teve boa participação no Brasil-RS e também vestiu a camisa de Ituano-SP, Guarani-SP e outros times do interior paulista.

Foto: Emanuel Siqueira/ASCOM-Manaus FC
Técnico Wladimir Araújo quer mostrar que o Gavião pode supreender na Copa do Brasil

Além da visibilidade que um jogo contra o São Paulo pode proporcionar, o treinador do Manaus destaca que a partida pode trazer público ao estádio, garantindo renda significativa para ajudar o Gavião a arcar com seus compromissos para o restante da temporada. “O São Paulo é uma das maiores equipes do futebol brasileiro e isso, para a projeção do clube, é muito bom. Em termos financeiros também, já que você garante praticamente o segundo semestre, uma vez que o nosso pensamento é conseguir o acesso na Série D”, decretou. Em outras palavras, a expectativa do Gavião é sair do ninho para alçar voos bem altos na Copa do Brasil.

OPINIÃO

Parece mentira, mas é verdade: a CBF acertou

Estamos acostumados a criticar a CBF, mas é necessário fazer justiça dessa vez: a entidade finalmente tomou medidas que merecem ser elogiadas

Por Allan Brito

A principal boa medida da CBF tem a ver com dinheiro. A premiação da Copa do Brasil teve um aumento significativo: a maioria dos times que disputará só a 1ª fase já terá aumento de 66,67% em relação ao ano passado. Esses aumentos ficam ainda melhores de acordo com as fases que os clubes chegarem. E assim o prêmio do campeão rterá um aumento 733,33% em relação à última edição.

É evidente que dificilmente um time de fora do eixo conseguirá esse prêmio de R$ 50 milhões. Mas já é perceptível que o aumento dos prêmios das primeiras fases fará muita diferença para clubes mais modestos. Não faltam exemplos: o São Raimundo-RR, por exemplo, já comemorou muito por receber, pelo menos, R$ 500 mil. Com isso, pagará dívidas de 2017 e garantirá os pagamentos de 2018. O Botafogo-PB revelou que basta vencer o primeiro mata-mata para conseguir pagar cerca de três folhas salariais do clube.

Botafogo-PB foi campeão da Série D do Campeonato Brasileiro em 2013

Já em clubes modestos que possuem uma estrutura melhor, esse dinheiro pode resultar em contratações de mais qualidade. Com um melhor nível técnico, consequentemente aumentam as chances de vermos zebras e histórias curiosas que tanto amamos na Copa do Brasil.

Outras mudanças

As boas novidades da CBF não acabam aí. Outra decisão inteligente foi aumentar o prazo para inscrições de jogadores na Copa do Brasil: foi ampliada do dia 24 de abril (2017) para 30 de julho (2018). Isso é fundamental em um país tão exportador quanto o Brasil, em que os times maiores perdem muitos jogadores para o exterior. E também beneficia as equipes menores, que muitas vezes perdem talentos que se destacaram nas primeiras fases da competição. Agora esses times terão mais tempo para buscar reposição.

Copa do Brasil 2017 foi decidida nos pênaltis

Por fim, vale citar a medida mais polêmica: a Copa do Brasil não contará com o gol qualificado em nenhuma das fases. Ou seja, esse tipo de gol não será critério de desempate em nenhum momento. É algo que causa divergências, mas pessoalmente prefiro assim. Afinal as diferenças de jogar em casa ou fora são cada vez menos relevantes. Além disso, também aumentam as chance do improvável acontecer, afinal mais jogos serão decididos nos pênaltis.

Pensei que nunca diria isso, mas… obrigado, CBF!

FICHA TÉCNICA

 

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