Parte da antiga região conhecida como Costa dos Escravos, de onde saiu grande parte da mão-de-obra africana escravizada no Brasil, o Togo jamais teve grande tradição esportiva. Somente com o surgimento da geração do grandalhão Emmanuel Adebayor, a até então inexpressiva seleção de futebol local conseguiu se tornar participante frequente das Copas Africanas e jogar a Copa do Mundo de 2006. O sucesso foi tanto que o time togolês foi até falsificado.
Após a ascensão, porém, o futebol do país conheceu terríveis desastres, como o acidente de helicóptero que matou o ministro do Esporte e torcedores, em 2007, e o ataque ao ônibus da seleção, durante a preparação para a copa continental de 2010. O abatimento pelos incidentes coincidiu com o fim dos melhores resultados da equipe.
Apesar da monocultura futebolística, foi outro esporte que deu ao Togo a sua única medalha olímpica. De forma surpreendente, Benjamin Boukpeti, francês de nascimento e de criação, mas com raízes togolesas, conseguiu o bronze na categoria K1 da canoagem em Pequim-2008. Apesar da distância, Boukpeti se tornou um incontestável herói nacional.
A série Anões Olímpicos conta a história dos 26 países que conquistaram apenas uma medalha na história olímpica entre 1896 e 2012. Os textos são reedições atualizadas do post O que esses caras estão fazendo nesse blog?, publicado por Diego Freire, em 2012. Para ler as outras reportagens da série, CLIQUE AQUI.
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