Tonico Pereira é um ator querido, com sucesso em papéis caricatos, mas nem sempre conhecido por uma paixão: o Goytacaz, seu clube do coração. No entanto, o que pouquíssima gente sabe é que Tonico chegou a tentar a carreira como jogador do Alvianil – onde o bom humor não seria exatamente seu forte.
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Antônio Carlos de Sousa Pereira, o Tonico Pereira, nasceu em 22 de junho de 1948, na Rua 21 de Abril, centro de Campo dos Goytacazes (RJ). Ainda adolescente, na década de 60, atuou como juvenil do Goytacaz, onde tinha o apelido Vaca Brava – pelo futebol veloz e por não levar desaforo para casa.
Aos 18 anos, teve a chance de fazer um teste no América-RJ. Viajou para o Rio, mas não compareceu à peneira. “Meu talento para jogador era muito grande. Só que minha boemia era maior”, contou, rindo, em entrevista concedida em 2011.
Tonico jamais se profissionalizou no futebol. Em 1968, aos 20 anos, já não estava nos gramados. Pelo contrário, reforçava o time do Grupo Laboratório de Teatro da Universidade Federal Fluminense (UFF). Pouco tempo depois, em 1975, estreou na televisão (foi o Chico Moleza, da primeira versão de “Gabriela”) e no cinema (no filme “As Aventuras Amorosas de um Padeiro”).
Diferente da carreira esportiva, a trajetória artística decolou. Entre 1975 e 1985, foram nove filmes e o marcante papel de Zé Carneiro, no Sítio do Pica-Pau Amarelo. Desde então, atuou em novelas como De Corpo e Alma (1992), Fera Ferida (1993) e Porto dos Milagres (2001), entre outras. Desde 2002, entre outras coisas, é integrante do elenco da série A Grande Família, onde interpreta Mendonça – não por acaso, torcedor do Goyta (acima).
Hoje, já consagrado como ator, Tonico Pereira é um “ídolo sem chuteiras” do Goytacaz. Torcedor-símbolo, é figura constante nas arquibancadas do Estádio Ary de Oliveira e Souza, o Aryzão. Brincando, pediu uma arquibancada com seu nome – e foi atendido.
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