Quando falamos do futebol do Catar, dificilmente lembramos do nome de algum clube. Vira tudo “time árabe” mesmo. Imagine se, daqui a seis meses, alguém perguntar “onde está jogando o Xavi?”. Provavelmente a resposta será exatamente “em algum time árabe”.
Mas na verdade o Al-Sadd, destino do Xavi, merece um pouco mais de atenção. É um time que reúne muitas curiosidades interessantes, exatamente porque já recebeu jogadores famosos, inclusive campeões do mundo.
O maior (ou menor?) deles foi Romário. Mas muitos desses astros não vão ao Catar para fazer bonito. O Baixinho, por exemplo, recebeu cerca de US$ 1,5 milhão por 100 dias e praticamente não jogou, alegando lesão. O zagueiro Lebouef, campeão com a França na Copa de 1998, também jogou pouco e se aposentou um ano depois. O argentino Mauro Zárate custou 13 milhões de euros, fez seis jogos no Al-Sadd e passou a ser emprestado até a Lazio finalmente comprá-lo por um valor parecido.
Mas existem casos de sucesso: Raúl Gonzalez, ex-Real Madrid, e Carlos Tenorio, ex-Vasco, são exemplos de estrangeiros famosos que deram certo no Al-Sadd. O espanhol foi campeão catariano em 2013 e da Copa do Emir em 2014. O equatoriano foi tricampeão nacional e artilheiro em 2006.
Entre os brasileiros, o mais lembrado é Felipe, meia ex-Vasco, canhoto e muito habilidoso. Ele, que nunca foi de fazer muitos gols, se tornou o terceiro artilheiro da história do clube durante os cinco anos que jogou lá (de 2005 a 2010). Fez lindas jogadas, foi bicampeão nacional e virou ídolo. Emerson Sheik jogou com ele praticamente no mesmo período, com duas passagens diferentes, e também fez sucesso.
E a história de brasileiros no Al-Sadd não acabou: podem começar a imaginar como será Xavi distribuindo assistências para Grafite e Muriqui. Sem o espanhol, eles já conquistaram a Copa do Emir e a Supercopa do Catar. O Mundial de Clubes é logo ali!
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