Não é algo novo: quando um jogador é contratado por um clube de prestígio, a equipe logo trata de colocar cláusulas no contrato, certos deveres que o atleta precisa seguir à risca, visando muitas vezes, preservar a integridade física do mesmo. Contudo, existe uma no mínimo inusitada que passou pela vida do futebolista sueco Stefan Schwarz: a proibição em contrato de viajar ao espaço.
Antes, é importante saber quem é ele. Nascido em Malmö, Hans-Jürgen Stefan Schwarz iniciou sua carreira no futebol militando no clube da cidade, o Malmö FF, justamente uma das equipes mais vitoriosas da Suécia. Ainda passou nas categorias de base do Bayer Leverkusen, da Alemanha — terra natal de seu pai.
Após se profissionalizar em 1987, o jovem meio-campista chamou a atenção pelo seu vigor físico e pela versatilidade. Então, passou a atuar na lateral-esquerda da seleção sueca, aonde viria a disputar como titular a Copa do Mundo de 1990 — inclusive, enfrentou o Brasil na primeira fase da competição.
Em 1991, Schwarz rumou até Portugal, jogando por três temporadas pelo Benfica, sendo titular em todas elas. As boas atuações o colocaram novamente em uma Copa do Mundo, em 1994, e novamente teve a seleção brasileira pelo caminho (na fase de grupos e na semifinal). Para fechar aquela participação, ainda terminou o Mundial em terceiro lugar.
Voltando da Copa do Mundo dos EUA, o jogador mudou mais uma vez de casa, e foi à Londres vestir a camisa do Arsenal, durante a temporada 1994-1995. Em seguida foi para a Itália reforçar o plantel da Fiorentina, onde jogaria com Batistuta e venceria a Coppa Itália de 1996. Ficou marcado no clube pela raça e muitas vezes pelo “excesso de vontade” em algumas jogadas.
Mudou mais uma vez de país em 1998, quando foi jogar pelo Valencia, ficando apenas uma temporada, antes de voltar à terra da Rainha. E foi nesse momento que aconteceu o momento mais inusitado da carreira.
Em 1999, ele conquistou o prestigioso Guldbollen (A Bola de Ouro), o prêmio para o melhor jogador sueco do ano. Então, ao chegar ao Sunderland por um recorde de 4 milhões de libras, o clube inseriu uma “Cláusula Espacial” em seu contrato, que proibia que ele viajasse para o espaço, sob pena de ter seu contrato totalmente invalidado, pois voos espaciais não são cobertos por seguradoras.
Parece algo aleatório, mas não é: na época já havia a expectativa de teríamos voos comerciais no espaço dentro de alguns anos e o agente do jogador tinha reservado um lugar em um dos primeiros, que acabou por nunca acontecer.
Ele permaneceu no clube até o final de sua carreira, em 2003, sem ter viajado para o espeço e com o rebaixamento dos Black Cats ao final da temporada.
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