A CBF acaba de divulgar seu novo Ranking de Clubes, válido para 2019, listando 228 times do país.
Onze deles dividiram a lanterna, acumulando 25 pontos – o mínimo possível, graças a alguma participação que tiveram nos últimos 5 anos em torneios nacionais.
Triste que várias camisas tradicionais do nosso futebol apareçam nessa lista ingrata. Em solidariedade neste momento difícil, vamos relembrar algumas curiosidades de cada um:
Bahia de Feira (BA)
Campeão baiano de 2011, batendo o Vitória na final. Na ocasião ganhou o terceiro título estadual para a cidade de Feira de Santana, somando aos dois que o Flu local venceu na década de 60. Chegou na segunda fase da Copa do Brasil de 2013, mas caiu para o São Paulo.
Barbalha (CE)
Em 2013 conquistou a Copa Fares Lopes, segunda taça mais importante do estado, e jogou a Copa do Brasil do ano seguinte. Caiu para o Cuiabá na primeira fase.
Flamengo (PI)
Segundo maior campeão piauiense, com 17 taças (a última em 2009). Disputou 11 Copas do Brasil e chegou às oitavas em 2001 (quando chegou a eliminar o Sport e caiu contra o Corinthians – detalhe: perdeu o jogo de ida por 8 a 1, mas teve o direito de visitar o Pacaembu e fechar a participação sofrendo um 3 a 0).
Horizonte (CE)
Ganhou duas vezes a Taça Fares Lopes e já aprontou na Copa do Brasil: em 2011, eliminou o Guarani e empatou com o Flamengo, no Rio. Em 2012, tirou o América-RN e caiu para o Palmeiras. Já em 2014, a maior surpresa: fez 3×1 no Fluminense na partida de ida do primeiro confronto, mas caiu com um 5×0 no Maracanã.
Juazeiro (BA)
É o time que revelou Daniel Alves. Disputou algumas Copas do Brasil por boas campanhas no estadual (a última delas foi em 2014, após ser semifinalista no ano anterior).
Lagarto (SE)
Foi fundado em 2009, com um distintivo semelhante ao que já usou o mais antigo e extinto Lagartense (campeão sergipano de 1998 e famoso por um
jogo fake com o Fluminense na Série C de 1999). Com apoio financeiro do brasileiro naturalizado espanhol Diego Costa, nascido na cidade de Lagarto, fez boas campanhas em competições estaduais e jogou a Copa do Brasil de 2014, quando caiu para o Santa Cruz na primeira fase.
Mixto (MT)
Maior campeão mato-grossense, com 24 títulos (o dobro do segundo colocado, o Operário de Várzea Grande). Porém, vive uma draga no século XXI, no qual ganhou apenas uma taça estadual, em 2008. Presença constante na Série A do Brasileiro nas décadas de 70 e 80, tem o nome originário da grafia de “misto” na década de 30 – afinal foi fundado para ser um clube inclusivo.
Naviraiense (MS)
Fundado em 2005, alcançou rápido sucesso regional (um título estadual em 2009 e campanhas suficientes para participar de quatro edições da Copa do Brasil: em 2010, 11, 13 e 14). Nacionalmente, chamou a atenção na primeira participação, quando perdeu por apenas 1 a 0 do envolvente Santos de Neymar e Ganso, em Campo Grande (como Naviraí foi impossibilitada de receber a partida). Na volta, foi goleado por 10 a 0. André (3), Neymar e Madson (2), Ganso, Robinho e Marquinhos marcaram os gols.
Paragominas (PA)
Fundado em 2012, o “Jacaré do Norte” conseguiu o acesso estadual logo no primeiro ano de vida. Em 2013, ganhou o segundo turno da primeira divisão paraense (derrotando o Remo) e ficou com o vice no geral, perdendo a decisão para o Paysandu. Ganhou o direito de jogar a Série D de 2013, quando não passou da primeira fase por uma punição de pontos do STJD. Em 2014, foi eliminado na primeira fase da Copa Verde (para o Remo) e da Copa do Brasil (contra o ASA-AL).
Rondonópolis (MT)
O time chamou a atenção nacionalmente na Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2012, quando avançou até as oitavas (perdeu para o Vitória) e fez o artilheiro do campeonato: o meia Valdivia, que depois se transferiu para o Inter e ainda defendeu Atlético-MG e São Paulo. Sempre foi um clube mais focado em categorias de base (ao contrário do rival da cidade, o União). Porém, em 2013 alcançou um feito no profissional: ganhou a Copa Governador do Mato Grosso e jogou a Copa do Brasil do ano seguinte (quando caiu para o CRB na primeira fase e registrou um dos piores públicos do torneio: 373 pagantes).
São Luiz (RS)
Com 80 anos de história, o tradicional time de Ijuí possui quatro títulos da segunda divisão gaúcha e constantemente figura na elite. Em 2013, foi vice no primeiro turno estadual (perdendo a decisão para o Inter) e ficou também com o “título do interior”, conquistando vaga para a Copa do Brasil do ano seguinte (quando perdeu para o Manaus-AM na primeira fase). Natural de Ijuí, Paulo Baier começou e terminou a longeva carreira no clube.
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