Na tarde deste sábado (13), Aparecidense (GO) e Campinense (PB) fizeram a final da Série D. Jogando no Estádio Aníbal Batista de Toledo, os goianos seguraram o ímpeto da Raposa e levantaram a taça de um campeonato nacional pela primeira vez em sua história.
A Aparecidense é o 1º time do Centro-Oeste a vencer a Série D. Sofreu muita pressão do Campinense nos 2 jogos da final, mas aguentou firme. Venceu por 1 a 0 no jogo de ida. E empatou hoje, por 1 a 1. Parabéns, Camaleão!
Ambos subiram pra Série C, junto com ABC e Atlético-CE pic.twitter.com/Oq6awD20Mi
— Última Divisão (@ultimadivisao) November 13, 2021
O título nunca havia ido para um time da região Centro-Oeste. O Camaleão é o quarto clube do seu estado a ser campeão de um torneio nacional, ao lado do Goiás (duas Séries B), Atlético Goianiense (uma Série B e duas Séries C) e Vila Nova (três Séries C).
Na primeira fase, a Aparecidense terminou como líder do Grupo 5, com 28 pontos. Ao todo, o aproveitamento do clube foi de 63,8%, com 17 vitórias, 7 empates e 4 derrotas. Além de 31 gols marcados e 15 sofridos. Junto dos finalistas, ABC (RN) e Atlético Cearense disputarão a terceira divisão no próximo ano. Veja o resumo:
Falta de pontaria
Aparecidense (GO) 1 x 1 Campinense (PB)
Em desvantagem no placar agregado, já que perdeu por 1 x 0 na ida, a iniciativa de buscar o jogo foi do Campinense, que mostrou seu cartão de visitar logo aos 2 minutos. Pela esquerda, Matheus Régis driblou a zaga e chutou no meio do gol de Pedro Henrique, que fez a defesa. Os goianos responderam no minuto seguinte, em contra-ataque liderado por Robert. O meia recebeu na entrada da área e soltou o pé. Mauro Iguatu se esticou e mandou para fora. Pouco depois, Robert partiu para cima da defesa e tocou para David chutar forte, porém a defesa campineira tirou.
Após um começo agitado, o ritmo caiu. Assim, uma jogada trabalhada só voltou a ocorrer aos 17 minutos. Sem marcação pela esquerda, Filipe Ramon bateu colocado e Pedro Henrique, em mais uma boa atuação, afastou. A Raposa passou a dominar a partida e só não balançou a rede graças ao bom sistema defensivo da Aparecidense e pela falta de pontaria de seus jogadores.
Anselmo teve duas oportunidades de abrir o placar e em ambas foi desarmado. Na primeira, o atacante dominou dentro da área e Rafael Cruz impediu o lance de seguir. Depois, de novo dentro da área, tentou o toque por cima do goleiro, que defendeu. Vanderley apareceu para mandar o rebote pela linha de fundo.
Martelando, os paraibanos chegaram novamente aos 37 minutos: Felipinho cruzou pela direita, Anselmo subiu mais do que todo mundo e cabeceou para fora. Melhor no 1° tempo, os visitantes pecaram nas finalizações e o período terminou com o placar inalterado.
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Felicidade de um lado, tristeza do outro
Os times voltaram modificados para a etapa decisiva. Anselmo sofreu uma lesão no pé e deu lugar a Cláudio. Já o técnico Thiago Carvalho, em busca de jogadas de velocidade, optou por tirar Rafa Marcos e Rafael Cruz para as entradas de Negueba e Adriel. Ainda administrando a vantagem, a Aparecidense tentou ficar mais tempo com a bola.
O Campinense seguia em busca do gol e foi recompensado aos 7 minutos: Fábio Lima cruzou na medida para Dione, sozinho nas costas da zaga, escorar de cabeça e balançar a rede. O 1 a 0 levava a decisão para os pênaltis. O cenário inverteu e a Raposa passou a controlar a bola. Já a Aparecidense encontrava dificuldades para furar a defesa e encontrar espaços.
Empurrado pela torcida, o Camaleão quase empatou aos 17. Robert cruzou para Negueba, que chegou chutando. De manchete, Mauro Iguatu impediu a redonda de entrar.
Por outro lado, o Campinense seguiu pecando na pontaria. Cláudio mandou a bola por cima do gol e Matheus Régis errou na finalização. Aos 24, Robert furou a defesa campineira, entrou na área, ficou cara a cara com o Iguatu e foi desarmado pelo goleiro.
Com o passar do tempo, as equipes adotaram a cautela. Até que, aos 32 minutos, festa nas arquibancadas: Robert deu passe perfeito para Samuel entrar na área e encobrir Mauro Iguatu, igualando o placar. No desespero, o Campinense partiu para o tudo ou nada, mas de forma desorganizada. Aos 35, Cláudio carimbou a trave goiana. No último lance, em cobrança de escanteio, Mauro Iguatu foi para a área tentar ajudar no ataque, mas a defesa do Camaleão mandou para longe e o árbitro Raphael Claus encerrou a partida.
Enquanto uns comemoram, outros lamentam. Ranielle, treinador do Campinense, recebeu com um forte abraço todos os seus atletas. #tranibal pic.twitter.com/jyrFxdPePe
— Geovanna Teixeira (@Geoteixeira1) November 13, 2021
Diante de cerca de 2 mil torcedores e dentro de casa, a Aparecidense conquistou seu primeiro título nacional. Enquanto os goianos comemoravam, Ranielle Ribeiro consolava seus comandados na saída de campo.
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