No fim de novembro, quando a Federação Paulista de Futebol (FPF) divulgou os detalhes da atual edição da Copa São Paulo de Futebol Júnior, um fato interessante passou despercebido: a presença inédita da cidade de Ilhabela como uma das sedes da competição (certamente a mais alternativa).
Conhecida nacionalmente como Capital da Vela, a ilha está fazendo sua estreia como sede da Copinha neste ano, assim como as cidades de Votuporanga, Tanabi e Tatuí. Porém, diferente de Votuporanga e Tanabi, Ilhabela não tem nenhuma equipe de futebol disputando campeonatos profissionais ou de base – nunca teve.
Para conseguir seduzir a FPF e ser sede da Copinha, Ilhabela fez reuniões e mais reuniões. Precisou garantir que haveria vagas nos hotéis da cidade (sempre lotados nesta época do ano) e que os campos estariam em boas condições para jogos e treinos. Até o ex-jogador e atual empresário Gilmar Rinaldi, que tem casa na ilha, deu uma forcinha.
Com a presença assegurada, a Prefeitura Municipal e a organização do evento elegeram como local das partidas o estádio do Pólo de Educação Integrada (PEI), um complexo esportivo que oferece atividades no contraturno escolar. Além dele, outros dois campos foram preparados para a realização dos treinos.
Porém, um dia antes da partida inaugural da chave, uma forte chuva abateu Ilhabela e danificou todo o gramado recém-plantado, obrigando a organização a transferir as partidas para o estádio municipal Prefeito Eurípedes da Silva Ferreira, o Ferreirão, com capacidade para 2.500 pessoas – o campo do PEI comportaria 5 mil.
No Ferreirão, que costuma receber os jogos do campeonato municipal, o Bahia venceu suas duas primeiras partidas, contra Comercial-SP e ASA-AL. Por isso decidirá, neste sábado (11), a vaga para a segunda fase com a Portuguesa-SP, que venceu o Comercial, mas empatou com o ASA. Há ainda a expectativa de a cidade receber duas partidas do mata-mata neste ano, pedido feito durante as reuniões com a FPF.
Para a cidade, a presença da Copa SP significa o fortalecimento do esporte junto a população e o embrião de um plano para criar um time na ilha. Mas enquanto o futebol profissional segue distante, Ilhabela vai vivendo intensamente o seu sonho júnior.
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