Esse texto faz parte do “projeto Série B de Primeira”, que pretende gerar uma cobertura intensa da Série B de 2021 no Última Divisão. Atingimos a 1ªmeta do financiamento coletivo e portanto haverá uma coluna semanal aqui no site. Veja como está o andamento das outras metas e apoie o projeto.
Dificilmente um time da Série B mantém o mesmo técnico durante toda a temporada. Mas a escolha do primeiro técnico do ano deixa marcas na temporada. Afinal é ele que começa a planejar o elenco. E muitos jogadores recomendados ou aprovados por ele ficam até o final.
Você conhece todos técnicos dos times da Série B de 2021?
É interessante ver como há vários perfis diferentes, principalmente em um critério: experiência na Série B. Um terço (7) dos treinadores nunca disputou a competição. Mas também tem técnicos com mais de 100 jogos.
O levantamento abaixo mostra o desempenho deles na Série B. Confira.
1º Felipe Tigrão (Cruzeiro)
59,3% de aproveitamento na Série B (26 vitória, 11 empates e 13 derrotas)
Até agora os melhores trabalhos do Tigrão foram na Série B: quase subiu com o América-MG em 2019 e teve uma boa arrancada com o Guarani em 2020. Mas vale citar que ele foi muito mal no Red Bull Bragantino. Então parece ser um técnico promissor em processo de amadurecimento.
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2º Mozart (CSA)
57,1% de aproveitamento na Série B (13 vitórias, 9 empates e 6 derrotas)
Depois de fazer uma boa formação como auxiliar técnico no Coritiba, ele recebeu a primeira chance como técnico efetivo no CSA. Resgatou o time da zona de rebaixamento e quase conseguiu o acesso pra Série A. É outro técnico promissor.
3º Paulo Bonamigo (Remo)
53,7% de aproveitamento na Série B (40 vitórias, 22 empates e 26 derrotas)
Entre os experientes, é o técnico com melhor aproveitamento. E ainda tem um ótimo histórico de sucesso com o Remo. Fez um bom trabalho na segunda divisão (Módulo Amarelo) da Copa João Havelange pelo clube. E no ano passado fez toda diferença pro Remo subir. Tem trabalhos ruins na carreira, é verdade, mas está em um bom momento.
4º Marcelo Chamusca (Botafogo)
53,3% de aproveitamento na Série B (44 vitórias, 28 empates e 28 derrotas)
Chamusca errou na temporada de 2020, ao trocar o bom trabalho do Cuiabá pelas incertezas do Fortaleza. Fracassou na Série A e viu de longe o time mato-grossense subir. Mas o Botafogo percebeu que ele sabe buscar acessos e fez uma boa contratação.
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5º Matheus Costa (Operário-PR)
51,7% de aproveitamento na Série B (35 vitórias, 27 empates e 23 derrotas)
Tem apenas 34 anos e fez um bom trabalho no Operário em 2020. Mesmo com o time mudando bastante na temporada, chegou a sonhar com o acesso. Antes também teve boas passagens por Confiança e Paraná. Mas fracassou no Paysandu.
6º Marcelo Cabo (Vasco)
49,4% de aproveitamento na Série B (66 vitórias, 51 empates e 51 derrotas)
É um técnico experiente, mas ganhou mais fama recentemente, desde a primeira passagem pelo Atlético-GO, em 2016. Depois alternou bons e maus momentos, inclusive com uma polêmico desaparecimento. Mas em 2020 voltou ao Atlético-GO e finalizou bem a temporada, com vaga na Copa Sul-Americana e um título estadual. O Vasco também aposta na identificação dele com o clube, pois Cabo era vascaíno na infância.
7º Cláudio Tencati (Brasil)
48,3% de aproveitamento na Série B (55 vitórias, 35 empates e 48 derrotas)
Tencati trabalhou por quase 7 anos no Londrina e chegou a vencer um Paranaense. Depois não teve grandes trabalhos, mas foi bem na Série B de 2020, levando o Brasil a uma campanha tranquila.
8º Allan Aal (Guarani)
48,1% de aproveitamento na Série B (14 vitórias, 10 empates e 12 derrotas)
Conseguiu o acesso com o Cuiabá em 2020, mas o trabalho não convenceu tanto. A diretoria não quis renovar pra Série A. Antes, Allan foi bem no Paraná também, mas a diretoria não teve paciência quando o time teve os primeiros resultados ruins. Veremos se o Guarani deixará ele ter um trabalho de longo prazo.
9º Claudinei Oliveira (Avaí)
47,2% de aproveitamento na Série B (31 vitórias, 19 empates e 29 derrotas)
Claudinei já alternou muitos trabalhos bons e ruins. Mas é no Avaí que ele tem a maior identificação, onde já trabalhou por 5 temporadas e conseguiu acesso à Série A. Portanto o time vai contar com um técnico que conhece bem o clube e a divisão.
10º Roberto Fernandes (CRB)
41,97% de aproveitamento na Série B (64 vitórias, 46 empates e 79 derrotas)
É um técnico muito experiente, mas com trabalhos irregulares. Os melhores momentos dele aconteceram no Nordeste e, na temporada 2020, ajudou o CRB a terminar a Série B mais tranquilamente. Agora terá tempo, mas precisa buscar um trabalho mais consistente.
11º Hélio dos Anjos (Náutico)
41,93% de aproveitamento na Série B (19 vitórias, 21 empates e 22 derrotas)
Hélio dos Anjos tem uma carreira extensa e já treinou até a seleção da Arábia Saudita. Depois de mais uma passagem pelo exterior, ele voltou ao Brasil e fez bons trabalhos por Goiás e Paysandu. Chegou ao Náutico em situação delicada e salvou o time do rebaixamento. Agora terá tempo para buscar algo mais.
12º Daniel Paulista (Confiança)
39,6% de aproveitamento na Série B (12 vitórias, 8 empates e 17 derrotas)
Depois de muitas experiências como auxiliar e técnico no Sport, Daniel levou o Confiança pra Série B. Chegou a voltar pro Sport, mas não foi bem e retornou ao Confiança. Foi o comandante do time na boa campanha de 2020, provando ser o técnico ideal para o time neste momento.
Sem experiência na Série B
Jerson Testoni (Brusque)
Conhece o Brusque como poucos, pois sempre esteve na comissão técnica durante o crescimento recente do time. Assumiu o comando efetivo e conseguiu o acesso na Série C, após superar uma crise no 2º turno.
Gustavo Morínigo (Coritiba)
O paraguaio é o único técnico estrangeiro da Série B por enquanto. No país dele já teve bons trabalhos. No Coxa teve pouco tempo pra salvar o time do rebaixamento, em 2020. Parece ter boas ideias, mas só agora vamos conhecê-lo melhor,.
Augusto César (Goiás)
Já teve algumas experiências como técnico, mas chegou no Goiás para treinar o time sub-23 e ser interino. Até que assumiu o comando efetivo e quase conseguiu uma boa arrancada pra salvar o time na Série A. Parece ter potencial e confiança do elenco.
Silvinho (Londrina)
Foi o pivô de uma história curiosa em 2020: assumiu o time na última rodada da Série C, após a demissão de Alemão. Conseguiu o acesso, mas ainda sabemos pouco sobre o trabalho dele. É uma aposta interessante do Tubarão.
Fábio Moreno (Ponte Preta)
Moreno tem trabalhado como auxiliar técnico e fez bons trabalhos quando precisou pegar algumas fogueiras. No final da temporada de 2020, assumiu a Ponte em crise e quase colocou o time na briga pelo acesso. Agora finalmente terá tempo para mostrar se é mesmo um bom técnico.
Rafael Guanaes (Sampaio Corrêa)
O Athletico tem revelado técnicos jovens para o futebol brasileiro. São treinadores que recebem boas chances no time sub-23, se destacam e começam a ganhar espaço. Guanaes fez sucesso no interior paulista e depois foi para essa “escola” do Furacão. Agora terá a grande chance da carreira no Nordeste.
Rodrigo Chagas (Vitória)
Depois de várias escolhas ruins para técnico, o Vitória resolveu efetivar quem tem uma bela história no clube como jogador. Como treinador, Rodrigo salvou o time do rebaixamento na temporada 2020 e agora começará o ano com mais tranquilidade.
Sem técnico oficialmente
Vila Nova
O Vila Nova demitiu ontem Márcio Fernandes, que foi campeão da Série C, mas tinha pouca experiência na Série B e não estava agradando o presidente.
Agora o mais provável é que o clube contrate o experiente Wagner Lopes. Ele tem 54,6% de aproveitamento na Série B (43 vitórias, 25 empates e 26 derrotas).
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