Ahhh, Botsuana… Pense em um lugar interessante! Trata-se do “Tigre Africano”, país que simboliza o potencial do continente por sua economia próspera e incríveis taxas de crescimento, cuja classificação de crédito pela agência Standard & Poor’s é mais alta que a do Brasil e onde é possível extrair os maiores diamantes do mundo. Por outro lado, também uma nação mergulhada em sérios problemas, como uma das mais altas taxas de infecção pelo vírus HIV (23% da população adulta), uma expectativa de vida inaceitável no século XXI (em torno de 65 anos) e imenso desequilíbrio na distribuição de renda.
Pouca gente sabe, mas os botsuanos são conhecidos por terem um dos mais característicos sotaques da língua inglesa, uma singular mistura da formalidade britânica com a fala arrastada africana. Veja, por exemplo, como se deve pronunciar (claro, com um pouquinho de exagero) o nome do único medalhista olímpico local:
Nijel Amos (leia como no vídeo acima) é um fenômeno. Com apenas 18 anos, o atleta foi prata na disputa dos 800m do atletismo em Londres-2012, prova dominada por quenianos. O feito foi conquistado justamente quando Botsuana enviou apenas 4 atletas aos Jogos Olímpicos, sua menor delegação em 9 participações.
Não resta dúvidas do potencial de Amos para repetir o feito no Rio-2016, quem sabe desta vez no lugar mais alto do pódio. Torcida nossa não vai faltar!
A série Anões Olímpicos conta a história dos 26 países que conquistaram apenas uma medalha na história olímpica entre 1896 e 2012. Os textos são reedições atualizadas do post O que esses caras estão fazendo nesse blog?, publicado por Diego Freire, em 2012. Para ler as outras reportagens da série, CLIQUE AQUI.