8 jogos improváveis à la Vélez x Ponte

Se você é fã de futebol (não apenas do seu clube), com certeza ficou tocado com a vitória da Ponte Preta, nesta quinta-feira (7), pelas quartas-de-final da Copa Sul-Americana. Mesmo fora de casa e contra um time tradicional da Argentina, o Vélez Sarsfield, a equipe de Campinas venceu por 2 a 0, com direito a um golaço de Fernando Bob.

Foi incrível, mas não foi o primeiro. A aura desse jogo fez lembrar outras partidas em que clubes pequenos do Brasil fizeram duelos “alternativos”, valendo pela Copa Libertadores, Sul-Americana ou Conmebol. A lista não é definitiva (deixem outros jogos improváveis como estes nos comentários) e nem pretende comparar times. São apenas lembranças de grandes momentos para quem é fã de futebol. Relembre:

São Caetano tinha um “espanhol” no time, o volante Marcos Senna

Talleres x CSA
(Conmebol 1999, final)

Desistências de diversos times geraram uma Copa Conmebol alternativa em 1999. O time de Alagoas entrou de surpresa, fez bonito e até venceu o primeiro jogo da final por 4 a 2. Porém, em Córdoba, o Talleres contou com um jogador a mais desde começo e faturou o título, vencendo por 3 a 0. O que foi chamado de “sonho alagoano” virou apenas a história de um pesadelo – e foi contada aqui mesmo no UD, em duas partes (P1 e P2).

São Caetano x Olímpia
(Libertadores 2002, final)

Foi a final da Copa Libertadores de 2002 e consolidou o São Caetano como um time “amarelão”. Afinal, já vinha de derrotas nas decisões do Módulo Amarelo (Paraná, 2000) e das finais da Copa João Havelange (Vasco, 2000), além do Brasileiro (Atlético-PR, 2001). Contra o Olimpia, a derrota veio apenas nos pênaltis, depois que Marlon e Serginho chutaram para longe as chances do time.

Boca Juniors x Paysandu
(Libertadores 2003, oitavas)

Há dez anos, aconteceu uma das vitórias mais improváveis da Copa Libertadores: mesmo tendo dois jogadores expulsos, o Paysandu bateu o Boca na Bombonera, algo que poucos times tinham conseguido até então. O gol de Iarley foi o que decretou a vitória e a festa digna de título em Belém (e lhe rendeu uma posterior transferência ao time argentino).

O Paysandu de 2003 tinha Lecheva, Vélber, Rogol, Iarley e outros craques

Boca Juniors x São Caetano
(Libertadores 2004, quartas)

A partida valia uma vaga na semifinal da Copa Libertadores de 2004 e só foi decidida nos pênaltis. Comandado por Carlitos Tévez, o Boca teve dificuldades e ficou no empate nos dois jogos, tanto no ABC paulista quanto na Bombonera. Mas Abbondanzieri brilhou, Marcelo Mattos errou e assim o time argentino avançou para decidir o título com o Once Caldas, que viria a ser o campeão.

Paulista x River Plate
(Libertadores 2006, primeira fase)

O surpreendente time montado por Vagner Mancini em 2005 atingiu também os argentinos no ano seguinte. Em pleno Jaime Cintra, o Paulista jogou bem e venceu a equipe comanda por Daniel Passarela, por 2 a 1. Depois, porém, o time de Jundiaí ficou em último lugar do grupo. Já o River só foi eliminado nas quartas de final.

Libertad x Paraná
(Libertadores 2007, oitavas)

Mesmo depois de perder em Curitiba, o Paraná foi valente no Paraguai. O time era comandado por Zetti e tinha como destaques Dinelson, Vinícius Pacheco e Josiel. Portanto, não tinha raça que resolvesse: o empate por 1 a 1 acabou eliminando a equipe brasileira.

Independiente x Goiás
(Sul-Americana 2010, final)

Empolgado, o Goiás venceu o primeiro jogo contra um dos times mais tradicionais da Argentina. Porém, em Avalleneda, o Independiente resolveu colocar emoção na final, venceu por 3 a 1 e assim levou a decisão para os pênaltis. Uma cobrança de Felipe na trave acabou dando o título para a Argentina.

Atlético-GO x Universidad Católica
(Sul-Americana 2012, oitavas)

Essa partida foi lembrada por um leitor após a publicação do post (valeu, Raul!), mas não poderia ficar de fora. O Atlético Goianiense chegou à fase eliminatória da Copa Sul-Americana de 2012 de forma curiosa: terminou o Brasileiro em décimo-terceiro (!) e bateu o Figueirense na fase brasileira do torneio. Na primeira partida das oitavas, enfrentou a Universidad Católica no Chile e saiu derrotado por 2 a 0. Porém, surpreendeu e venceu na volta, no Serra Dourada, por 3 a 1, mas o gol fora de casa dos chilenos encerrou precocemente o sonho de chegar até a Libertadores da América. Detalhe: o artilheiro do Dragão no torneio foi o GOLEIRO Márcio, com dois dos cinco gols marcados pela equipe.

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