Quando a gente fala de música e futebol, normalmente cita músicas de samba, pagode e sertanejo. Mas o Brasiliense fugiu do comum em 2010 e lançou um uniforme bastante alternativo, em homenagem ao rock.
O lançamento do uniforme foi no dia 13 de julho, justamente o Dia Mundial do Rock. Um dia depois, o time entrou em campo com ela e empatou por 1 a 1 com o América-MG. Curiosidade: o gol do Brasiliense foi marcado por Aloísio Chulapa.
A camisa não fez sucesso com a torcida do Brasiliense inicialmente. Reclamaram do tema e das cores. Mas é importante lembrar que existe um conceito por trás daquela camisa: Brasília é considerada a cidade do rock no Brasil, por causa de grandes bandas que surgiram lá, como Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude.
E o desenho do uniforme tem detalhes interessantes: ele é azul para lembrar o jeans, tecido bastante usado por roqueiros; e tem caveiras e fontes que podem ser relacionadas a diversas bandas clássicas de rock, como Misfits e Iron Maiden, por exemplo.
O único problema da camisa é a execução. Ela não foi feita por uma empresa de material esportivo, por exemplo. Foi idealizada por uma funcionária do setor de comunicação do clube. Depois de conseguir autorização para fazer tudo, ela teve ajuda de outros funcionários, mas precisou viabilizar a elaboração do uniforme quase sozinha. Ficou assim:
O resultado final gerou algumas piadas. O meia Iranildon, por exemplo, disse na época que a camisa parecia um abadá das festas de carnaval. Mas muitos fãs de rock curtiram, fizeram encomendas de todo Brasil e houve dificuldade para lidar com a demanda no site do Brasiliense. Posteriormente, foram até feitas outras versões de camisas de rock do clube.
Entre piadas e boas vendas, a camisa de rock do Brasiliense virou uma raridade importante no futebol. Poucos clubes investem nessa temática, que poderia ser mais abordada. Futebol não é só pagode e sertanejo.
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