A resposta rápida é Brasil, após o tricampeonato de 1970. Segundo um post no blog do Juca Kfouri, a antiga CBD aceitou a ideia de um torcedor de Barretos (SP) de colocar três estrelas na camisa representando o inédito tricampeonato mundial.
A Amarelinha passou a ostentar as estrelas em um amistoso contra a Áustria em 11 de julho de 1971, no estádio do Morumbi. Aquela, aliás, seria a primeira das duas partidas de despedida de Pelé da seleção brasileira (a outra seria no Rio de Janeiro) e foi nela que marcou seu último gol com o manto sagrado.
Depois disso, o Brasil nunca mais deixaria de usar as estrelas na camisa. A estreia da novidade em Mundiais foi em 1974, na Copa na Alemanha Ocidental.
Antes disso, há registros também de que o Brasil usou uma camisa com duas estrelas em 1968 em uma série de jogos amistosos. Uma delas foi no estádio do Maracanã contra a seleção do mundo da Fifa, que tinha Lev Yashin, Beckenbauer, Overath, Pedro Rocha, entre outros craques. Apesar disso, a seleção conseguiu vencer por 2 a 1.
Só que depois disso, a camisa com duas estrelas nunca mais deu as caras.
Desde então, outras seleções passaram a adotar a estrela no uniforme. Depois do Brasil veio a Itália, após o título da Copa de 1982 na Espanha. Já a Alemanha passou a usar três estrelas só em 1996. Depois veio a França em 1998. E só depois vieram as seleções da Argentina e Inglaterra em 2003. E a última delas foi a Espanha em 2010.
Já o Uruguai que é um caso à parte. A seleção acrescentou suas estrelas a partir de 1992, só que a curiosidade é que não foram apenas duas (representando 1930 e 1950), foram logo quatro. A explicação é que o bicampeonato olímpico de 1924 e 1928 vencidos pelos uruguaios, também poderia ser considerado títulos mundiais. É bom lembrar que a Fifa chegou realmente a organizar o torneio de futebol da olimpíada de 1924 e 1928, e depois disso resolveu fazer sua própria Copa do Mundo, que todo mundo sabe que aconteceu em 1930 e teve Uruguai como campeão. Por isso, existe essa exceção à regra.
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