A Série D do Campeonato Brasileiro de 2015 acabou. O Botafogo-SP foi campeão, o River-PI foi vice, e os dois foram promovidos ao lado de Remo e Ypiranga-RS.
Mas se as lembranças uma competição tão abrangente ficassem restritas apenas ao promovidos, esconderia muito do que aconteceu em gramados de 27 unidades federativas do Brasil. Em campo, muita gente teve oportunidade de mostrar talento.
Para tentar relembrar de maneira democrática o que aconteceu na quarta divisão nacional, o Última Divisão montou sua própria seleção da competição. Do goleiro ao ponta esquerda (na verdade, do goleiro à dupla de ataque), escalamos o que encontramos de melhor em cada posição, montando um time que talvez não fizesse feio em outras divisões do Brasileirão.
O resultado das deliberações de nossa equipe foi um time com uma defesa entrosada e experiente, que “atua” com laterais e meias ofensivos. Ficou curioso? É só conferir abaixo a nossa seleção da Série D 2015!
G: Naylson (River-PI)
Os times promovidos tiveram em comum boas defesas – até as semifinais, o Ypiranga sofreu apenas 5 gols, contra 6 do River, 7 do Botafogo-SP e 8 do Remo. Pesou a favor de Naylson justamente sua participação nas semis: na decisão por pênaltis diante do time gaúcho, defendeu duas cobranças e ainda acertou a sua para colocar os piauienses na decisão.
LD: Samuel Santos (Botafogo-SP)
A Série D apresentou boas opções de laterais, versáteis e com características ofensivas. Samuel Santos foi um desses: sob comando de Marcelo Veiga, o jogador se mostrou fundamental no setor de criação do Botafogo-SP, atuando com destaque como meia e aparecendo de maneira decisiva no mata-mata do torneio.
Z: Claudinho (Ypiranga-RS)
Que tal uma equipe que sofre apenas 7 gols em 14 jogos? Este foi o Ypiranga de Erechim, dono da melhor defesa entre os oito primeiros colocados (0,50 gol por jogo, contra 0,58 da eliminada Caldense). O destaque do setor foi o jovem Claudinho, 25 anos, contratado junto ao Cruzeiro-RS justamente para a disputa da Série D.
Z: Fernando (Ypiranga-RS)
Para formar a dupla de zaga, nada mais natural que buscar os jogadores que formaram o setor da equipe comandada pelo técnico Leocir Dall’Astra. Mais experiente que o companheiro, Fernando (30 anos) também chegou ao clube no início da competição, e deixou para trás a concorrência do experiente Julio Santos (ex-São Paulo e Paysandu) para se firmar na defesa.
LE: Matheus Müller (Remo)
O lateral esquerdo pertence ao Palmeiras, mas chegou emprestado ao Remo com muitas credenciais – entre elas, a passagem pelas categorias de base da Seleção Brasileira. Sob comando do técnico Cacaio no Remo, mostrou desenvoltura para atacar. Pode recuperar espaço no time paulista se mostrar mais eficiência na marcação.
V: César Gaúcho (Botafogo-SP)
Aos 37 anos, o capitão do Botafogo-SP é um dos jogadores de maior identificação da equipe com a torcida. Símbolo de liderança em campo, foi destaque dentro e fora de campo. Dentro, marcou um dos gols na vitória por 2 a 1 sobre o São Caetano nas quartas de final, em Ribeirão Preto; fora, ficou marcado pela incendiária preleção aos companheiros antes da mesma partida.
V: Amarildo (River-PI)
O tipo físico franzino engana, mas o meio-campista demonstrou ser um jogador incansável – não por acaso, já desmaiou mais de uma vez em campo pelo River. Sua dedicação foi recompensada: além do acesso à Série C com a equipe do PI, Amarildo se tornou um dos queridinhos da torcida, que reconhece sua raça.
M: Eduardo Ramos (Remo)
É aquele mesmo, com passagens por Corinthians, Sport, Náutico, Goiás e Joinville. No Remo desde 2014, o camisa 10 assumiu a braçadeira de capitão e não decepcionou: com 5 gols, foi o artilheiro do time na competição. Foi o destaque da posição na competição.
M/AT: Saldanha (Ypiranga-RS)
Outro jogador versátil da Série D, Saldanha atuou como lateral direito, meia e atacante. Foi ele quem converteu o pênalti que eliminou a Caldense nas quartas de final e colocou a equipe de Erechim na Série C de 2016.
AT: Ramon Machado (Lajeadense)
O Lajeadense esteve perto do acesso, parando nas quartas de final da Série D. Em 10 jogos, porém, a equipe gaúcha conseguiu deixar uma boa impressão – em boa parte, graças aos 8 gols marcados por Ramon Machado, jogador com passagens pelas categorias de base de Grêmio, Atlético-PR e Paraná Clube. Tem 24 anos.
AT: Jô (São Caetano)
O Azulão parou nas quartas de final diante do Botafogo-SP e viu o acesso escapar. Mesmo assim, contou com o artilheiro isolado da competição: Jô, atacante de 23 anos, autor de 12 gols. Detalhe: em apenas 10 partidas.
(E aí? Faltou alguém?)
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