Com a vitória sobre o Paraná, o Flamengo já garantiu a primeira posição do Campeonato Brasileiro na folga para a Copa do Mundo independente do que acontecer na 12ª rodada, quando o time pega o Palmeiras.
Mas enquanto o rubro-negro está conseguindo as vitórias antes da paralisação, alguns times estão sofrendo com lesões, saídas para a seleção e exterior, instabilidade em campo. E assim rezam pelo amor de Deus para a bola rolar na Rússia para ter um mês de treinos e a possibilidade de se reorganizar.
Estes três são os principais:
Corinthians
O atual campeão brasileiro está sendo vaiado em casa. Depois do empate contra o Santos, o treinador Osmar Loss foi o alvo principal, especialmente depois que tirou Pedrinho, jovem revelação da equipe, aos 38 do segundo tempo.
Mas após o empate por 0 a 0 contra o Vitória, que tinha levado cinco do Santos alguns dias antes, as vaias parecem ter sido mais generalizadas.
Claro que a saída de Fábio Carille, que estava tirando leite de pedra até na caminhada para o título brasileiro, seria sentida. Mas é burrice falar que apenas Loss tem o dedo podre e por isso o time caiu tanto de rendimento.
Cássio e Fagner, dois titulares absolutos, estão na seleção. Jadson, machucado, é outra perda impactante. Balbuena e Romero não jogaram contra o Vitória porque foram convocados pelo Paraguai. E ainda tem Clayson e Ralf no departamento médico.
Ou seja, a parada da Copa é muito bem-vinda para recuperar todos os lesionados e não ter que entrar em mais partidas sem seus selecionáveis. Com 16 pontos, o Corinthians pode perfeitamente sonhar com posições mais altas que a atual nona colocação.
Só tem um problema: precisando de caixa, em vez de esfriar a cabeça e treinar nesta parada, o Corinthians pode ter despedidas a rodo.
Santos
O Santos tem muito mais time do que a 16ª posição indica. Mas como dirá qualquer tio em um boteco, o jogo é jogado e o alvinegro praiano não entende muito bem a palavra equilíbrio. E se no Corinthians tudo indica que o desmanche vem, o Santos também deve acertar uma venda.
Porém, o atacante Rodrygo ainda não pode sair, mesmo que o Real Madrid pague sua multa. Adiando essa separação para 2019, o Santos poderá finalmente treinar e ver o jovem atacante com Bruno Henrique – que perdeu basicamente o primeiro semestre inteiro – e Gabriel em um trio ofensivo de respeito. Mesmo que Gabriel, o ocasional Gabigol, seja um dos principais adeptos da falta de constância.
Com míseros 10 pontos, o Santos tem um jogo adiado contra o Vasco para pelo menos se animar com a possibilidade de uma arrancada. Com o G4 da Libertadores se tornando um Gmãe nos últimos anos – sempre pronto para mais um espacinho no coração – ainda dá para sonhar com algum lucro neste Brasileirão da Série A. Mas primeiro é bom abrir uma folguinha em relação ao Z4.
Atlético-PR
A batata de Osmar Loss está quente. A de Jair Ventura no Santos está quase assada. E a de Fernando Diniz no Atlético está até passando do ponto. A diretoria bancou e em um lance quase inédito no Brasil, a atitude parece ser verdadeira.
A derrota para o São Paulo como mandante, algo que não acontecia desde 1982 poderia ter sido a gota d’água. Não foi.
O time está na zona de rebaixamento no momento e fazendo parecer que a filosofia de Diniz não é tão adaptável a elencos menos talentosos. Sabe o que ajuda? Poder treinar por um mês, sem jogos e entregadas na saída de bola para torrar a paciência do torcedor e deixar a situação ainda pior.
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