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Pág. Inicial Fut. Brasil

O ídolo de duas torcidas

Fellipe Igor Teodoro por Fellipe Igor Teodoro
29/08/2009 - Atualizado em 01/06/2018
em Fut. Brasil, Personagens
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O ano era 1984. Durante um campeonato de futebol amador de Mogi Guaçu, o bom futebol de um volante chamou a atenção de Luiz Carlos Martins, treinador do Guaçuano, que na época integrava a segunda divisão paulista. E foi a partir daquele momento que a vida de Sebastião Carlos Brandão Alvarenga, mineiro de Borda da Mata, tomaria novos rumos.

No meio do futebol, Sebastião se tornaria o Alemão, um jogador que se destacava pela raça e pela vontade demonstradas em campo, e que em pouco tempo já se tornara um nome conhecido entre os clubes da região. O surpreendente início de carreira foi tão bom que seus feitos daquele jogador ultrapassassem fronteiras, três anos depois.

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Eles chegaram ao Sul de Minas. Andradas, pequena cidade de aproximadamente 35 mil habitantes, vizinha de Poços de Caldas e que se localiza na divisa com o estado de São Paulo, passava por um dos melhores momentos na área do seu esporte, fazendo com que seus moradores sonhassem alto.

O motivo para isto era que o Rio Branco, equipe com quase 40 anos de idade e que havia acabado de se profissionalizar, em pouco tempo já havia chegado à elite estadual, dividindo espaço com a dupla Atlético e Cruzeiro, distantes a 463 km dali.

Primeira equipe profissional do Rio Branco, em 1986.

Sem grandes investimentos e contando com uma mistura de desconhecidos jogadores do interior e veteranos como o ex-flamenguista Caio Cambalhota, o time viveu momentos de glória: Foi bicampeão do interior, jogou uma edição da Série B e três da Série C, venceu os grandes da capital… Alemão havia deixado de jogar por diversão pra se tornar ídolo, ainda que de uma cidade pequena, e sua carreira ia crescendo junto com a equipe.

Foi através do futebol que ele passou a conhecer novos lugares e pessoas,  o que fez com que seu talento fosse ganhando fama. Ao passar dos anos, começaram a surgir convites para sair do Rio Branco, e apesar de gostar do clube, o lado profissional falou mais alto, eles foram aceitos.

Foram tantos clubes e tantas histórias que ele não tem certeza de alguns números: “Passei entre dezoito a vinte dois times”, revela. Desta época de cigano da bola, ficaram boas lembranças: Em Matão, ajudou a Matonense a atingir a elite paulista. Pelo Villa Nova mineiro, foi vice-campeão estadual com direito a gol na final contra o Cruzeiro. No Mato Grosso do Sul, título estadual como capitão pelo Chapadão. Pelo Central de Caruaru, mais participações na Série B…

E em meio a essas tantas passagens, sobrou tempo para alguns retornos a Andradas. No total, foram treze campeonatos disputados, o que lhe deu a chance de ser o jogador que mais atuou com a camisa do clube.

Alemão no início de uma longa história.

Brigas com a federação e crises financeiras fizeram com que o time não conseguisse continuar subindo a nível nacional, mas aquela fase brilhante da equipe permanece até hoje viva para todo rio-branquense que se preze, tendo inclusive feito com que muitos virassem frequentadores fiéis do Parque do Azulão.

E foi graças a ela, que aos 38 anos, Alemão retornou mais uma vez. Após uma passagem pelo Tupi, de Juiz de Fora, ele chegava como reforço para o Campeonato Mineiro de 2001, só que para uma função diferente. ”Aonde a gente trabalhava estava sempre anotando o trabalho de alguns treinadores para poder ter uma base como treinador”, diz.

O desafio era dos maiores. Novas responsabilidades viriam, e todas decisões precisavam ser muito bem-pensadas, para que o clube não se tornasse presa fácil. Uma década depois das glórias, a ameaça do rebaixamento era muito mais presente.

“Essa é a transição mais importante da vida do atleta, já que quando você está bem fisicamente, sua única preocupação é jogar bem futebol e mais nada. É um mundo diferente de se viver, tem que ter conhecimento dentro e fora de campo pra poder conciliar as duas coisas.”, explica.

Ao final do campeonato, um oitavo lugar, com direito a vitória sobre o Cruzeiro de Luiz Felipe Scolari, deixou boas impressões. E apesar do carinho da torcida, era hora de partir novamente: O ex-volante viria a comandar Villa Nova, Uberlândia e a equipe de juniores do Atlético.

Porém, apesar de uma carreira consolidada na nova profissão, Alemão também procurava também estabilidade, algo que nem sempre o mundo do futebol pode proporcionar. Surgiu então a idéia de permanecer em Andradas junto de esposa e filhos, e mais: Abrir um estabelcimento comercial.

Trata-se de uma chopperia no centro da cidade, que em pouco tempo se mostrou um investimento bem-sucedido. A decisão permitia que ele conciliasse os negócios com o futebol, e graças a ela o técnico-empresário pode fazer parte das boas campanhas do Azulão da Mantiqueira nos estaduais de 2007 e 2008. Novamente, propostas para ir embora da cidade surgiram.

Mas a vontade de ficar na cidade era maior: “os convites estavam aparecendo, mas eu preferia ficar na cidade porque a gente tem uma estabilidade maior, tanto pra conduzir o comércio quanto para cuidar dos estudos dos meus filhos”

Em uma nova carreira, a de empresário, a estabilidade era melhor…

E assim as coisas se seguiram, até  que uma destas viria a ser a mais inusitada em sua carreira. Caso ele aceitasse, não seria necessário sequer ir embora da cidade. Mas para isso teria que encarar olhares desconfiados e fanatismos.

A Caldense, rival histórcia do Rio Branco, localizada na turística Poços de Caldas, 150 mil habitantes, o queria para ocupar o cargo deixado por Nedo Xavier, de saída para o Ituiutaba.

A comparação pode soar absurda, mas pensem em Zico treinando o Vasco. Marcos defendendo o Corinthians. O Rio Branco era o Davi que integrava a elite. A Caldense, apesar da tradição conquistada ao longo de anos, amargurava a segunda divisão do Mineiro.

Com naturalidade ao tocar no assunto, Alemão conta que foi preciso até uma atitude um tanto quanto radical pra que ele topasse o desafio: “Eu tive o privilégio de ter trabalhado anteriormente com a maioria dos jogadores da Caldense e eles ligavam para mim me chamando pra participar dessa campanha e nos últimos dias de negociação, quando eu estava falando que não iria, eles vieram até em casa e me falaram: Você tem que vir que é pra gente levar a Caldense a primeira divisão”

Em um torneio de dois meses e 22 jogos, o que não podia faltar era vontade de vencer. ”Fazíamos uma viagem de 900 km, jogávamos em casa e já em seguida fazíamos outra viagem de 800, então o desgaste dos jogadores era grande.”

Além das viagens longas, o nível técnico da competição não era baixo. Equipes tão tradicionais quanto a Caldense, quanto a URT de Patos de Minas, e com boas condições financeiras, como o América de Teófilo Otoni e o Funorte de Montes Claros, tinham as mesmas ambições da Veterana.

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“Conseguir subir é mais difícil do que evitar cair. Só duas equipes vão se dar bem, cada dia é uma pontuação diferente e os três pontos se tornam valiosos.”

Mas ninguém estava tão incomodado em jogar aquele campeonato quanto o Ipatinga, campeão da primeira divisão em 2005 e que jogou a elite do futebol brasileiro no ano passado. Contra o time do Vale do Aço, uma partida para ficar na memória de todos talvez tenha sido o maior baque sofrido.

“Estávamos jogando em casa, ganhando de 3 a 1 e fizemos uma partida maravilhosa, com o estádio cheio, e os torcedores apoiando. Nos dois minutos finais, tomamos o empate. Os jogadores ficaram cabisbaixos, a torcida nervosa, e tivemos que passar pros atletas que o futebol era daquela maneira, que aquilo acontecia e tínhamos que ficar sempre atentos pra que não se repetisse.”

E não se repetiu. Como em um filme daqueles bem dramáticos, a conquista do segundo lugar e o final feliz só foi garantido na última rodada. O mesmo que já havia causado preocupações para aquela torcida na época de jogador foi proclamado herói, e neste momento, os preconceitos foram pra longe.

Caldense 2 x 0 Valério – Rodada final do Módulo II 2009
E no dia do acesso, a torcida da Caldense comemora junto do novo herói.

“No final boa parte dos torcedores, de ambos os lados, entenderam e o melhor foi ter levado a Caldense a primeira divisão, reforçando o Sul de Minas com duas equipes na elite e ajudando a retornar com esse derby regional.”

Após o término do campeonato, Alemão deixou em aberto a possibilidade de ir embora, mas renovou até o término do estadual de 2010. E mesmo afirmando que o futebol lhe proporcionou uma vida bem melhor do que se continuasse nos campeonatos amadores, e o Rio Branco tem participação nisso, ele prefere pensar mais no futuro e na Caldense.

A pergunta que fica é:  O confronto Alemão X Rio Branco é inevitável e ocorrerá em breve. Conseguirá ele continuar sendo o ídolo de duas torcidas até quando?

Tags: AlemãoAndradasCaldensePoços de CaldasRio Branco de Andradas
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