Faltou pouco para vermos novamente o Mazembe em um Mundial de Clubes. O carismático algoz do Internacional chegou na semifinal da Liga dos Campeões da África, mas foi eliminado no último domingo. E agora a competição terá uma grande novidade: ES Sétif (Argélia) e AS Vita Club (Rep. Democrática do Congo) vão disputar a final e ver quem disputará pela primeira vez um Mundial.
O Sétif, que eliminou o Mazembe na semifinal, já foi campeão da Champions africana. Mas isso aconteceu em 1988, quando a Fifa nem pensava em organizar um Mundial de Clubes. Pena. Seria legal ver um time da Argélia enfrentar Nacional-URU ou PSV, campeões da América do Sul e da Europa naquele ano.
O Sétif tem 14 títulos nacionais, mas não é o maior vencedor argelino. Ele vive uma fase excelente, pois venceu três vezes o Campeonato Argelino nos últimos cinco anos. Chegará para a final como favorito, pois muitos acreditavam que o duelo contra o Mazembe era uma “final antecipada”.
Mas é bobagem subestimar o Vita Club, clube que enfrenta o “Complexo de Mazembe”. Os dois times são rivais da República do Congo, mas recentemente o Mazembe vinha sendo muito superior – inclusive foi tetracampeão consecutivo no país, de 2011 a 2014. “O Vita é profundamente traumatizado pela superioridade do Mazembe nos últimos anos. Falar em um complexo de Mazembe não seria exagero”, comentou o belga Luc Eymael, ex-técnico do Vita, em entrevista ao site da Fifa.
Mas agora surgiu a chance de ouro para superar esse trauma. Enquanto o Mazembe foi eliminado pelo Sétif, o Vita bateu o turco Sfaxien e agora vai buscar o bicampeonato – já venceu a Liga dos Campeões no longíquo 1973. Naquela época o time não tinha complexo nenhum, era maior que o Mazembe e ainda foi semifinalista em 1978 e vice-campeão em 1981.
Sétif ou Vita Club? A decisão só vai acontecer daqui um mês. O time africano que vencer vai disputar o Mundial contra San Lorenzo-ARG, Real Madrid-ESP, Cruz Azul-MEX, Auckland City-NZL, Moghreb Tétouan-MAR e um campeão asiático a ser definido. É bom esse times começarem a se cuidar, pois o fator novidade, vindo da África, pode surpreender. O Internacional sabe bem.
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