Disputar uma primeira fase de Copa do Mundo contra Brasil, Portugal e Costa do Marfim não é tarefa fácil para nenhuma seleção. Ainda mais para Coreia do Norte, que ficou 44 anos sem disputar a competição.
Em 1966, os norte-coreanos fizeram história na Copa da Inglaterra. O selecionado de Pyongyang venceu a Itália e conseguiu se classificar para a segunda fase. A eliminação dos asiáticos viria no jogo de quartas-de-final contra Portugal do craque Eusébio. Os lusitanos venceram por 5 a 3.
O craque da Coreia naquele mundial foi o meia Pak Doo Ik. Membro do exército norte-coreano, após a Copa ele chegou a ser promovido a sargento. A trajetória da seleção local em 66 foi abordada pelo interessante documentário The Game Of Their Lives, do cineasta inglês Daniel Gordon.
As publicações estrangeiras apontam o atual time norte-coreano como a grande zebra da Copa da África. Nas Eliminatórias, o treinador Kim Jong-Hun armou uma forte retranca que surpreendeu os adversários. O time perdeu somente dois jogos em oito disputados.
O grande destaque da seleção local é o atacante Jong Tae-Se, que é conhecido como “Rooney da Ásia” e atua no Kawasaki Frontale do Japão. O meia An Yong Hak (Omiya Ardija-JAP) e o atacante Hong Yong Jo (Rostov-RUS) são os outros jogadores do elenco que atuam fora da Coreia.
A Coreia do Norte é um dos poucos países do mundo que permanece socialista. O ditador Kim Jong-il afirmou que somente irá permitir a exibição dos jogos na televisão no dia seguinte, caso o time ganhe.
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Em 5 de novembro de 2009, os norte-coreanos fizeram um amistoso contra o Atlético Sorocaba, clube da série A-2 do futebol paulista. A partida foi realizada no estádio Kim II-Sung, em Pyongyang, capital do país. O Última Divisão conversou com Edu Marangon, técnico do Atlético Sorocaba naquele jogo. Confira os melhores trechos da entrevista:
Última Divisão: Qual é a principal característica do time da Coreia do Norte?
Edu Marangon: Eles se baseiam no estilo oriental de jogo. Isso quer dizer que a Coreia procura impor ao adversário uma marcação muito forte. Dessa maneira, eles conseguem desenvolver um ataque de muita velocidade.
UD: Como foi o jogo do Atlético contra a Coreia? Como era o estádio local?
EM: O estádio da capital norte-coreana tem capacidade para 70 mil pessoas e estava completamente lotado. Ainda restaram quase 30 mil pessoas nas ruas, fora do estádio. Um detalhe era que a grama utilizada era sintética. Isso acabou dificultando um pouco a adaptação da nossa equipe ao campo deles.
UD: Durante a estadia na Coreia, vocês perceberam como o país é fechado politicamente?
EM: Sim. A Coreia do Norte possui um regime político bastante fechado. Durante os cinco dias que ficamos no país, todos os membros da nossa delegação foram vigiados por agentes do governo local.
UD: As publicações internacionais dizem que o time asiático não irá muito longe nas Eliminatórias. Você também acredita nisso?
EM: Aprendi que o futebol é um esporte que sempre apresenta novidades. Mas não acredito que a Coreia siga em frente por dois motivos: as limitações técnicas da equipe e a falta de experiência do elenco. Essas são duas grandes desvantagens que irão dificultar bastante o avanço deles para a próxima fase da Copa.
UD: Você acha que o Brasil terá dificuldades em passar pelo time norte-coreano?
EM: Não. A diferença técnica entre as duas seleções é muito grande. A qualidade técnica do jogador brasileiro sempre faz a diferença.
Filiação a Fifa: 1958
Posição no Ranking da Fifa: 106º
Principais equipes locais: Amrokgang, April 25, Pyongyang City, Rimyongsul e Wolmedo
Grande craque atual: Jong Tae-Se (Kawasaki Frontale-JAP)
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