Na década de 2000, o Bolton Wanderers vivia grande momento. Participava pela primeira vez de torneios europeus (no caso, a antiga Copa da UEFA) e fazia frente aos grandes da Inglaterra, terminando as temporadas sempre em posição intermediária. Nessa época, o torcedor se acostumou a ir ao Reebok Stadium ver nomes como Djorkaeff, Anelka, Jay Jay Okocha, Hidetoshi Nakata e até Jardel vestindo a camisa do clube.
Porém, tudo mudou com a virada da década. Em 2012 enfrentou seu primeiro rebaixamento em décadas e a coisa degringolou. Como consequência veio a crise financeira, que provocou atrasos no pagamento de salários e punições da federação inglesa. Então, em 2017, veio mais um rebaixamento, para a terceira divisão.
Após uma troca na presidência, o clube conseguiu melhorar e retornou à Championship League em 2018. Mas, os problemas de caixa do clube ainda não tinham sido solucionados e a crise chegou de vez. Mais atraso de salários, greve de jogadores, CT fechado por falta de água e outras cenas lamentáveis (que infelizmente também são comuns nas divisões de acesso do Brasil). Com isso, novo rebaixamento para a terceira divisão.
E agora, em 2020, afundado em dívidas, o Bolton quase teve que abandonar a temporada, mas acabou salvo pela empresa Football Ventures. Porém, a má fase persistiu e, com o encerramento antecipado da League One por conta da pandemia de covid-19, o time terminou a competição na lanterna (já que o falido Bury FC acabou expulso da Football League). Assim, o Bolton terá que jogar a quarta divisão inglesa pela segunda vez em sua história.
Quer entender melhor como foi formada essa crise do Bolton Wanderers? Confira tudo no nosso vídeo sobre o assunto.
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