Que o ano de 2016 foi cheio de surpresas, muitas desagradáveis, você já deve saber. E no futebol não foi diferente. O ano foi marcado por campeões alternativos, resultados absurdos e novidades que certamente impactarão o esporte nos próximos anos. Por isso, resolvemos celebrar aquilo que costuma ficar fisicamente marcado para o torcedor: as camisas de futebol.
Leicester City
O ano de 2016 conheceu um novo e improvável campeão europeu. Leicester City levantou a taça da Liga Inglesa em um dos campeonatos mais atípicos dos últimos anos: teve briga pela liderança com Tottenham, teve Liverpool e Chelsea fazendo campanhas pífias, e teve Newcastle e Aston Villa caindo pra Segundona.
Lógico que tudo isso não tira o brilho do feito dos comandados de Claudio Ranieri. Sobretudo se lembrarmos que duas temporadas antes o time estava na segunda divisão e que na temporada anterior eles escaparam do rebaixamento por pouco. E sobretudo se lembramos que o craque do time, Jamie Vardy, jogava na 5ª divisão inglesa apenas três anos antes de explodir no clube de Leicester.
E neste final de ano, as Raposas conseguiram uma nova façanha: terminaram a primeira fase da Champions League liderando seu grupo. Um novo time inglês azul assombra a Europa.
Islândia
Em 2016, os vikings estrearam em sua primeira competição internacional da história e, diferente do prognóstico, eles não foram à França a passeio.
Em um grupo que tinha os futuros campeões Portugal, eles terminaram a primeira fase à frente dos nossos patrícios. E quem apostou que tudo não passou de um golpe de sorte, levou a pior. Nas oitavas de final, os islandeses pegaram a forte seleção inglesa e venceram de virada.
O sonho foi interrompido no jogo contra os anfitriões, pelas quartas. O time francês abriu quatro gols de vantagem. Os nórdicos tentaram responder, mas já era tarde demais e a partida terminou em 5 a 2.
Se dentro de campo, a Islândia fez bonito, a torcida não fez por menos nas arquibancadas. Após a Euro 2016, o mundo conheceu o famigerado Viking Clapping.
Seleção feminina
A cada quatro anos, um curioso ciclo se repete no Brasil: o País inteiro passa a pedir mais apoio ao futebol feminino por causa das Olimpíadas, mas a comoção dura pouco e nada do que fora prometido é feito. Em 2016 não foi diferente, só que tudo indica que agora é para valer.
Mesmo derrotada e sem medalhas, a seleção feminina de futebol se saiu como a grande vitoriosa dos Jogos do Rio. Quem só conhecia Marta, Cristiane e Formiga, agora também conhece Debinha, Andressa Alves e a goleira Bárbara, que pegou um pênalti decisivo contra a Austrália nas quartas de final.
Após as Olimpíadas, o criticado Vadão deu lugar à Emily Lima, ex-treinadora do São José, que se tornou a primeira técnica mulher da Seleção. E, na Conmebol, um anúncio importante: a partir de 2019, todo time que disputar a Libertadores masculina precisará montar um time feminino profissional. São passos pequenos, mas que já representam uma grande mudança.
Portuguesa e América-RN
Nem todos os times do ano se destacaram pelas vitórias, e os casos mais extremos são a Portuguesa de Desportos e o América de Natal. Times tradicionais e figuras carimbadas na Série A, ambos foram rebaixados para a Série D em 2016.
Para a Lusa, a fase é sem precedentes. Se em 2011, o rubro-verde paulista se sagrava campeão da Série B com um futebol envolvente, apelidado de Barcelusa, hoje o clube enfrenta um possível leilão do estádio do Canindé e as investigações acerca da morte de um jogador da base na piscina de sua sede.
Já o América voltou a ser destaque no cenário nacional em 2014, após ir à semifinal da Copa do Nordeste e chegar às quartas de final da Copa do Brasil. Mas naquele mesmo ano, o Mecão caiu para a série C e até hoje não se recuperou do baque.
Se a Portuguesa e o América conseguirão se reerguer da crise profunda em que se encontram, só em 2017 saberemos. Por enquanto, só podemos lamentar.
Guarani
Já presenciei algumas viradas inacreditáveis na vida, mas nenhuma perto do que o Guarani de Campinas fez na Série C. Após perder o primeiro jogo da semifinal por 4 a 0 contra o ABC em Natal, o Bugre operou um MILAGRE no Brinco de Ouro da Princesa e aplicou uma goleada de 6 a 0 no jogo da volta.
O principal nome desse partida histórica foi o maestro Fumagalli, com três gols e uma assistência. Aos 39 anos, FUMAGOL se tornou o jogador mais velho de todas as divisões nacionais a fazer um hat-trick.
Infelizmente, o time de Campinas não conseguiu repetir a atuação mágica na final. O Boa Esporte de Varginha não deu sopa para o azar e levou o título inédito da Série C em 2016 após um empate e um vitória em casa.
Chapecoense
Muito já foi dito sobre a tragédia com a Chapecoense, mas não custa lembrar: vamos ajudar o time a se reerguer. Se você puder, associe-se. Se puder comprar a camisa do clube (quando estiver disponível), compre. O time catarinense participará de competições importantes em 2017 e toda ajuda é bem-vinda.
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