Pode parecer brincadeira, mas jogar no América-RN foi o ápice da carreira do jovem goleiro Sérvulo. Afinal, ele conseguiu sair da posição de terceiro goleiro para assumir a meta do time na “final” do Campeonato Brasileiro de 2007, contra o São Paulo – entre aspas porque o time paulista estava a uma vitória de sagrar-se bicampeão nacional, enquanto os potiguares já estavam com a vaga na segunda divisão do ano seguinte mais que assegurada. Mesmo assim, Sérvulo fez uma grande partida e ganhou até mesmo elogios de Rogério Ceni, de quem defendeu uma cobrança de falta na “final”.
No entanto, mesmo em alta (chegou a ouvir que estaria sendo observado pelo próprio São Paulo!), não teve seu contrato renovado e só não saiu de luvas abanando porque as boas defesas por um time em pedaços o rendeu uma oportunidade no Atlético-MG. Na Cidade do Galo, no entanto, acabou voltando ao completo ostracismo durante um ano todo. Dessa forma, não teve seu contrato renovado no fim de 2008 e só conseguiu um novo emprego no ano seguinte, no interior de São Paulo, quando o Bragantino o contratou para compor o banco de reservas durante o Campeonato Paulista e a Série B do Brasileiro – para se ter uma ideia, Sérvulo chegou em janeiro e só estreou em setembro, na derrota por 2 a 0 para a Portuguesa. Resultado? Novamente, teve seu contrato descontinuado.
Em 2010, Sérvulo trocou Bragança Paulista por Lucas do Rio Verde, cidade do Luverdense, time que o contratou para a disputa do Campeonato Mato-Grossense. Mas o drama se repetiu e Sérvulo acabou dispensado ainda em março, quando perdeu a vaga de segundo goleiro para alguém (ainda) mais jovem. Três meses depois, em junho, reapareceu no Botafogo-PB para a disputa do Campeonato do Nordeste e atuou algumas vezes, mas foi novamente dispensado dois meses depois, em setembro. Desde então, passou por Central de Caruaru (2011), Campinense (2011 a 2012), Itabaiana (2013), Globo-RN (2013 a 2014), CSA (2014) e Coruripe (2015). Pouco para aquele que um dia já foi elogiado até por Rogério Ceni.
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