Situada entre os antigos territórios de civilizações clássicas como a grega, a otomana e a fenícia, a ilha de Chipre ostenta uma das mais ricas histórias do mundo, com vestígios arqueológicos que remotam ao 10º milênio antes de Cristo. Esportivamente, porém, o legado do pequeno país é irrelevante, tendo no ex-tenista Marcos Baghdatis (que quase aposentou Andre Agassi e certa vez foi 8º colocado no ranking da ATP) seu maior expoente.
A política conturbada no século XX (com ocupação britânica, golpe militar e a invasão turca que instituiu a não reconhecida República Turca do Chipre do Norte) manteve os cipriotas distantes das Olimpíadas até Moscou-1980 – embora já nos primeiros Jogos, em Atenas-1896, o lendário Anastasios Andreou, nascido no país, tenha competido sob bandeira grega.
A primeira medalha custou a sair. Em Pequim-2008, o Chipre viu seus dois representantes na categoria skeet do tiro ficarem em 4º e 5º na classificação geral, perdendo o pódio por detalhes. A glória viria apenas em Londres-2012, quando, com apenas 22 anos de idade, Pavlos Kontides conquistou a prata na classe laser do iatismo.
O fato de ter quase metade de seu território ocupado pela Turquia afeta significativamente o esporte cipriota. Entre diversos embargos da comunidade internacional para reunificar o país, um deles proíbe que atletas nascidos na área de domínio turco disputem competições internacionais. Em Londres-2012, a corredora Meliz Redif se tornou a primeira esportista desta região a disputar uma Olimpíada, após conseguir se tornar cidadã turca.
A série Anões Olímpicos conta a história dos 26 países que conquistaram apenas uma medalha na história olímpica entre 1896 e 2012. Os textos são reedições atualizadas do post O que esses caras estão fazendo nesse blog?, publicado por Diego Freire, em 2012. Para ler as outras reportagens da série, CLIQUE AQUI.
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