O país-sede da Copa do Mundo de 2022 está prestes a voltar ao noticiário esportivo – pelo menos, pelo que acontece dentro de campo. Nesta sexta-feira, começa a edição 2015/2016 do Campeonato Catariano, e você tem alguns motivos para acompanha-lo.
Mas vale a pena mesmo seguir o futebol de um país que jamais esteve entre os 50 primeiros colocados do ranking da Fifa? Vale a pena – se você não for o técnico da seleção brasileira – procurar jogadores brasileiros escondidos no Oriente Médio? Vale a pena procurar streaming na internet para ver partidas noturnas em estádios esvaziados?
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Talvez valha. Afinal, há bons jogadores (a maioria com mais de 30 anos) no Catar, além de técnicos conhecidos. Com boa vontade, é possível ver alguma técnica – que possivelmente dará o tom da seleção local na briga para não ser um saco de pancadas no Grupo A da Copa do Mundo de 2022.
Por isso, acredite se quiser, o Última Divisão reuniu alguns motivos para que você procure se manter informado a respeito do futebol no Catar – ou ao menos para que tenha uma desculpa para quando tiver que explicar o motivo que o levou a procurar informações sobre a Qatar Super League.
1. Tem Xavi
A transferência de Xavi Hernandez, do Barcelona para o Al-Sadd, agitou o noticiário europeu no fim da temporada 2014/2015. Em maio, ele finalmente assinou contrato de três temporadas com sua nova equipe. Logo na chegada, ganhou a braçadeira de capitão. “É um grande atrativo para o campeonato”, afirmou Péricles Chamusca, técnico do Al-Gharafa.
2. Não tem apenas Xavi
Outros jogadores também optaram recentemente por trocar o futebol europeu pelo Catar – e nem todos chegaram aos 30 anos. O Al-Arabi tem o francês Rod Fanni (ex-Olympique de Marselha); o Al-Rayyan tem o espanhol Sergio García (ex-Espanyol); o Al-Wakrah conta com o português Ruben Amorim (ex-Benfica); o Lekhwiya conta com o espanhol Chico Flores (ex-Almería e Swansea) e com o eslovaco Vladimir Weiss (que disputou a Copa do Mundo de 2010)… Enfim, entre outros.
3. Brasileiros aos borbotões
Nem todos são conhecidos, mas você certamente identificará um ou outro jogador se tirar um minutinho para ver um jogo do futebol do Catar. Júnior Dutra (ex-Santo André) está no Al-Arabi, Anderson Martins (foto, ex-Vasco e Corinthians) é zagueiro no Al-Gharafa, Domingos (o zagueiro) está no Al-Kharitiyath e Romarinho está no El Jaish. O Al-Khor conta com o trio Madson, Júlio César (ex-Atlético-PR) e Marco Antônio. De brinde, o Al-Rayyan conta com o paraguaio Victor Cáceres, ex-Flamengo, e o Al-Sadd tem Rodrigo Tabata, ex-Goiás e Santos.
4. As misturas bizarras de brasileiros com estrangeiros
Se tem brasileiros aos montes e jogadores que trocam grandes centros europeus, é fácil concluir que eles jogarão juntos em situações inesperadas. No Al-Sadd, por exemplo, Xavi será companheiro de Muriqui – aquele, ex-Vasco, Madureira e Atlético-MG.
Para o atacante brasileiro, que sofreu com lesões durante a temporada passada, a dupla com o espanhol pode render bons frutos ao time. “O Al Sadd foi muito feliz em trazer o Xavi para reforçar nossa equipe. Nos primeiros treinamentos já foi possível perceber a qualidade técnica dele. Estou confiante de que teremos um ano de sucesso, e espero conseguir fazer uma boa dupla com ele para ajudar o clube a conquistar seus objetivos”, destacou.
Além de Xavi-Muriqui, outra dupla improvável é a formada pelo francês Jérémie Aliadiere (ex-Arsenal) e pelo brasileiro Welinton (ex-Flamengo), no Umm Salal.
Encontros tão distintos assim, só mesmo em peladas de fim de ano.
5. Jogos em situações extremas
A temperatura no Catar ultrapassa facilmente os 40 graus. A situação é encarada como um obstáculo para a realização da Copa do Mundo de 2022 – a Fifa já falou em realizar o torneio no inverno (fim do ano), e a organização já se dispôs até a colocar aparelhos de ar condicionado nos estádios. Na Qatar Super League, a solução é jogar à noite. É bom ficar de olho no cenário que você deve acompanhar daqui alguns anos.
6. Técnicos conhecidos
Entre os que trabalham no Catar, Péricles Chamusca (Al-Gharafa) não é o único treinador de quem você já ouviu falar. O principal exemplo é Gianfranco Zola, que está no Al-Arabi e que também tem concorrência. Sabri Lamouchi, que comandou a Costa do Marfim na Copa de 2014, está à frente do El Jaish. Marcos Paquetá, que comandou as categorias de base da seleção brasileira, está no Al-Gharafa. Já o Al-Khor conta com Jean Fernandez, com larga experiência no futebol francês.
7. Todos contra um
Nas últimas cinco temporadas, o Lekhwiya foi campeão em quatro (2011, 2012, 2014 e 2015). Na temporada 2012/2013, o time chegou às quartas de final da Liga dos Campeões da Ásia, caindo diante do Guangzhou Evergrande (China). Na temporada atual, o time já alcançou a mesma fase, na qual mede forças com o Al-Hilal (Arábia Saudita) em busca da melhor campanha de sua história. Em casa, deve monopolizar a disputa com o Al-Sadd.
Confira os jogos da primeira rodada do Catariano 2015/2016 (horários de Brasília):
11/9 (Sexta-feira)
16h: Al-Rayyan x Al-Sailiya
18h15: Al-Khor SC x Umm-Salal
12/9 (Sábado)
16h: Al Kharitiyath x Qatar SC
18h15: Al-Arabi x Al-Wakrah
13/9 (Domingo)
16h: Al-Mesaimeer x Al Sadd
16h: Al-Gharafa x Lekhwiya SC*
18h15: El Jaish SC x Al Ahli Doha
*Adiado devido ao jogo do Lekhwiya pela Liga dos Campeões da Ásia
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