Chegou a hora, meus amigos! Um dos campeonatos alternativos mais atraentes do Brasil vem aí para a sua 35ª edição. Estamos falando da Segunda divisão do Parazão, a popular Segundinha.
Em 2020 serão 20 clubes de quatro mesorregiões do estado (apenas o Marajó e o Sudoeste Paraense não terão representantes) em busca de duas vagas para a elite do futebol estadual. Uma rivalidade enorme que representa bem o extenso território do estado.
Entre os 20 clubes, cerca de 60% estão sediados em municípios da Grande Belém e apenas 40% pelo interior do estado. No meio dessa enorme quantidade de equipes, tem campeões brasileiros como Tuna Luso e São Raimundo, tem clube campeão da elite paraense, o Cametá, e também clubes que até outro dia nem existiam, como o Sport Real e o Fonte Nova, fundados em 2020. Em um cenário normal, há quem leve um média de público considerável aos seus jogos, como o Izabelense e o Parauapebas, mas também arquibancadas onde se contam torcedores com os dedos, como as do União Paraense.
A Segundinha é um campeonato cheio de peculiaridades e histórias se atravessando a cada rodada. Uma disputa em quase todo o estado. Como já dissemos, apenas 2 dos 20 clubes sobem para a primeira divisão. Clubes considerados favoritos não conseguem o acesso há anos e clubes novatos surpreendem e são campeões na sua estreia, como foi o Itupiranga na temporada passada. Pode-se dizer que este campeonato tem uma imprevisibilidade do tamanho do Pará.
Índice
Regulamento
- 4 grupos de 5 clubes
- Os clubes jogando entre si, em turno único, com quatro jogos para cada time na fase classificatória. Uma equipe de cada chave irá folgar a cada rodada. Os dois melhores da chave passam para as quartas de final, onde farão jogos de ida e volta.
- Os confrontos da semifinal serão definidos em sorteio, com jogos de ida e volta. Os finalistas obtêm acesso a Primeira Divisão de 2021. A final será em partida única.
Calendário previsto: de 30 de outubro a 13 de dezembro
Os Grupos
Confira a seguir os grupos da Segundinha Paraense 2020:
Grupo A1
- Atlético Paraense (Parauapebas)
- Gavião Kyikatejê (Bom Jesus do Tocantins)
- Parauapebas (Parauapebas)
- Cametá (Cametá)
- Izabelense (Santa Izabel do Pará)
Grupo A2
- São Francisco (Santarém)
- Vila Rica (Belém)
- Vênus (Abaetetuba)
- Sport Real (Belém)
- Paraense (Marituba)
Grupo A3
- Tuna Luso (Belém)
- Pedreira (Belém)
- Pinheirense (Belém)
- Caeté (Bragança)
- União Paraense (Benevides)
Grupo A4
- Sport Belém (Belém)
- Santa Rosa (Belém)
- São Raimundo (Santarém)
- Fonte Nova (Belém)
- Tiradentes (Belém)
Clubes participantes
A DUPLA RAI X FRAN
São Raimundo: Primeiro campeão Brasileiro da Série D, o Pantera de Santarém tenta voltar à elite do estadual após uma péssima campanha no ano passado, que resultou no rebaixamento. Para conseguir seu objetivo, o clube contratou o técnico Wando Silva, que surpreendeu e conseguiu o acesso e o título da segundinha do ano passado pelo novato Itupiranga. Apesar de novo, o treinador tem passagens importantes pelo futebol brasileiro, com destaque para o Cruzeiro, Botafogo e Vila Nova-GO. Também já atuou em clubes do Irã e da Coreia do Sul. O clube anunciou também a volta de um grande ídolo do clube, o goleiro Labilá, peça importante na conquista do título da série D. O Pantera santareno está montando o elenco aos poucos e, de acordo com a diretoria alvinegra, a estimativa é que a pré-temporada inicie entre pelo menos 30 dias antes do início da competição.
São Francisco: Rebaixado junto com rival no ano passado, o Leão santareno busca novamente as campanhas de destaque no Parazão. O comandante da equipe será Walter Lima, técnico conhecido pelas diversas passagens no futebol paraense. Assim como o rival, o clube ainda está em busca de peças para compor o elenco. A diretoria do Leão realiza seletivas na cidade para buscar talentos que possam integrar o elenco profissional do clube na segunda divisão.
BICAMPEÃ BRASILEIRA EM CAMPO
Tuna Luso Brasileira: É o clube com maior tradição e o que, na maioria das vezes, faz o maior investimento para a segundinha. A Águia Guerreira do Souza com seus 117 anos de história, tem um título da Série B e um da Série C. Apesar dos seus 10 títulos estaduais, o clube está longe dos seus tempos de glória e não sabe o que é disputar a elite desde 2015. É um clube muito instável na segundinha, em 2016 parou na primeira fase, dois anos depois, foi eliminada na segunda fase nos pênaltis. Em 2019, parou novamente na primeira fase e não venceu nenhum jogo. Para a Segundinha 2020, o responsável pelo comando da Lusa é Robson Melo, que estava no Paragominas e levou o Jacaré até a semifinal da Parazão e garantiu uma vaga para Série D do Brasileiro de 2021. Pouco se sabe do elenco da Lusa, mas é apontado que clube usará talentos das categorias de base.
O ÚNICO TRICAMPEÃO DA SEGUNDINHA
Vila Rica: Popularmente conhecido como Cachorro Doido, o clube tem 38 anos e é o maior campeão da segundinha, já que possui 3 títulos, porém não disputa a elite* estadual desde 2010. A sua cidade de origem é Belém, mas o clube é conhecido pelas passagens e parcerias com prefeituras do interior. Nas últimas participações, o clube tem sido um mero coadjuvante, pois há um bom tempo a equipe não passa da primeira fase. Nos últimos anos, sua melhor colocação foi em 2013, quando ficou em 5º lugar. Assim como nos anos anteriores, o elenco será composto por atletas selecionados nas peneiras realizadas pelo clube.
PRAZER, SPORT REAL, ABAETÉ E FONTE NOVA
Já virou tradição, toda edição da segundinha sempre tem um clube novato. Ano passado, o título ficou com o estreante e desconhecido Itupiranga. Nessa edição, três clubes farão a sua estreia na competição.
Sport Real: Fundado no dia 20 de março de 2020, o Sport Real é um clube-empresa com sede no bairro do Guamá, em Belém. Tem como cores predominantes o laranja e o branco e a andorinha como mascote. Filiou-se à FPF no mês de julho com o objetivo de disputar a segundinha. O clube promete vir forte. O técnico contratado foi o ex-atacante e ídolo do Remo, Fábio Oliveira, que treinou o Santa Rosa em 2017. O seu auxiliar é Jean Carioca, que tem trabalho reconhecido no futsal e nas categorias de base do Paysandu. A dupla está encarregada de avaliar as seletivas para a montagem do elenco que irá disputar a Segundinha. Os jogadores aprovados vão se juntar com outros atletas já conhecidos no Pará, como é o caso do goleiro ídolo do Remo, Adriano Paredão. Em entrevista ao Globo Esporte, o presidente do Clube, Ronaldo Carvalho afirmou “Digo que uma andorinha só não pode fazer verão, mas pode começar uma revolução”. Vamos ver.
Caeté: Fundado em 27 de fevereiro de 2019, a Sociedade Esportiva Caeté (SEC) é o segundo clube de Bragança, que já conta que o tradicional Bragantino. Em seu primeiro ano, o clube teve destaque nas competições das categorias de base e agora irá estrear no futebol profissional, jogando a segundinha. O clube que é conhecido como “Guerreiro Caeteuara” (um índio), foi fundado por dirigentes que estavam no Bragantino e ajudaram a reerguer do clube que estava na segundinha e que hoje disputa o Parazão e a Série D do Brasileiro. O nome Caeté faz referência ao povo indígena e foi escolhido para homenagear os primeiros habitantes da região. A cores do clube também fazem referência aos ancestrais. Nas divisões de base, o sub-15 parou na fase de grupos do estadual e no sub-17 ficou nas quartas de final. Já o sub-20 chegou à decisão do Parazão e disputou o título contra o “rival” Bragantino, onde foi goleado por 5 a 0. Agora, mantendo o perfil de utilizar jovens talentos da região o clube vai usar muitos desses atletas na segundinha, mesclando com alguns experientes, assim como a comissão técnica.
Fonte Nova: Este é o mais novo e o mais desconhecido entre os clubes que irão disputar a segundinha. O que se sabe sobre o Sporting Fonte Nova é que a sua sede é em Belém, mas a preparação será realizada em um centro de treinamento na cidade de Benevides, na Região Metropolitana. O clube foi fundado por um cara conhecido no futebol paraense, o ex-técnico Flávio Goiano e, como os demais clube novos, tem por objetivo revelar os jogadores. É isso que sabemos até agora.
A GLÓRIA DE SER O MELHOR
Cametá: O Clube de 12 anos é da cidade homônima do nordeste paraense. O Mapará, como é conhecido, foi campeão estadual em 2012, ao vencer o Remo em um Mangueirão lotado. Antes disso, já vinha de campanhas de destaque no campeonato, quando chegou nas semifinais em 2010 e 2011. O título de 2012 foi apenas o segundo conquistado por um clube do interior. Mas a boa fase parou aí. No mesmo ano que foi campeão estadual, o clube desistiu da série D por dificuldades financeiras e acabou cedendo sua vaga ao Remo (que na época estava “sem divisão”). A partir disto, o clube apenas foi figurante no campeonato estadual. Na elite de 2018, com 10 jogos e nenhuma vitória, o clube foi rebaixado. Na segundinha do ano passado, bateu na trave e perdeu o acesso à elite para o então desconhecido Itupiranga. Hoje, pouco se sabe sobre a preparação do clube para a segundinha. Tanto elenco como treinador ainda não foram divulgados.
VOLTEI PRA CASA
É claro que não podemos deixar de destacar os clubes que foram dar uma voltinha pelo interior e agora voltaram para a sua cidade de origem. Esses são os clubes “itinerantes”. São coisas que acontecem não só no Pará, mas em muitos estados do Brasil.
Santa Rosa: O clube de 94 anos (96 segundo a FPF) voltou para Icoaraci (distrito de Belém) em 2018 após representar municípios como Castanhal, Mãe do Rio e Tucumã. Mesmo voltando as origens, o clube não teve sucesso na segundinha. Em 2018, parou na primeira fase e ainda sofreu a maior goleada do torneio, 8 a 0 para o Tapajós. No ano passado, foram jogos e três derrotas. O Pantera da Vila fez boa campanha em 2009, quando foi vice campeão, e em 2013 quando chegou às semifinais. O Presidente e técnico do clube é o ex-meia do Remo, Rogério Belém. Assim, como os demais clubes, o Pantera da Vila aposta em jovens jogadores desconhecidos e vem realizando seletivas para a montagem do elenco.
Tiradentes: Outro clube originário de Belém que já teve algumas sedes pelo interior do estado, como Barcarena e Santa Bárbara do Pará. O Tigre tem 47 anos e busca o seu segundo título da competição, já que foi campeão em 2006. E tenta chegar à fase principal pela primeira vez*. Nos últimos anos faz campanhas ruins na segundinha, ficando sempre em entre 8º e 7º lugar, longe do acesso. Elenco? Treinador para 2020? É uma incógnita.
Pedreira: Fundado em 1925, o clube é da Ilha de Mosqueiro, outro distrito de Belém. Nunca saiu da ilha, mas sempre manda seus jogos em outros municípios como Santa Izabel do Pará e Castanhal, pois o Estádio São Sebastião nunca recebe autorização para receber jogos oficiais. O Gigante da ilha possui dois títulos da segundinha, mas não disputa a elite* paraense há 12 anos, quando levou a maior goleada da competição. Em 2018, alegando crise financeira, o clube desistiu da segundinha e não teve nenhum jogo oficial. Em 2019, com um técnico iniciante e muitos jovens no elenco, o clube teve uma vitória em 4 jogos e não passou da primeira fase. Não sabemos nada sobre elenco e treinador, até pelo fato de o clube fazer sua inscrição na competição após o prazo, só vai participar porque a federação aceitou e perdoou o atraso.
CLUBE COM RAIZ INDÍGENA? TEMOS
Gavião Kyikatejê: é um clube de raiz indígena (Kyikatejê é uma tribo) da cidade de Bom Jesus do Tocantins, na região sudeste do Pará. Teve um destaque quando era formado totalmente por indígenas, mas atualmente é um clube misto. O clube de 36 anos (desde a sua fusão) se tornou profissional em 2009, ano que disputou a sua primeira segundinha, mas não passou da fase de grupos. O clube vai para a sua décima participação na segundinha, onde já foi vice-campeão em 2013. E tenta voltar à elite, que chegou a disputar em 2014. Na segundinha de 2018 e 2019 não conseguiu passar da primeira fase.
“PARAENSES” DESCONHECIDOS
Atlético Paraense: Fundado em 2014, o Atlético Paraense é o segundo time da cidade de Parauapebas. Estreou na segundinha em 2018 e teve uma participação mediana, caiu nas quartas de finais para o São Francisco e ficou na 8ª colocação. Ano passado, com um trabalho mais consistente e técnico com rodagem internacional, além de jogadores consagrados, o clube não passou da fase de grupos. Venceu um jogo, empatou outro e perdeu outro.
Paraense: Fundado em 2012, é o segundo clube de Marituba, cidade da Grande Belém. Tornou-se profissional em setembro de 2017, para disputar a segundinha. Sua estreia na segundinha não foi das melhores, ficando em 14º lugar. Em 2018, o clube chegou às semifinais, onde perdeu o acesso para o Tapajós. Ano passado caiu nas quartas após perder e empatar com o Carajás. Assim como os demais, o clube aposta totalmente nos jovens talentos da região.
União Paraense: O clube fica “transitando” entre as cidades vizinhas Benevides e Marituba, na Grande Belém. O clube participa da segundinha há dois anos, mas nunca passou da primeira fase. O clube é um grande projeto social que há três anos acolhe mais de 600 crianças e adolescentes carentes de todo o estado. A equipe já disputou diversas competições de base (sub-15, sub-17 e sub-20) e busca na segunda divisão estadual dar uma visibilidade maior para os seus atletas. Uma bonita missão social, que já torna o projeto/clube que um campeão, independentemente dos resultados.
CLUBES TRADICIONAIS QUE ESTÃO EM BAIXA
Parauapebas: Fundado em 1989, mas só registrado como profissional em 2009, o clube é da cidade de mesmo nome que também fica no sudeste paraense. O Trem de Ferro fez sua melhor campanha na elite de 2015, quando ficou na terceira colocação e ganhou o direito a disputar a Copa do Brasil pela primeira vez em 2016 (acabou sendo goleado por 6 a 0 para o Londrina). O ano de 2016 terminou com o rebaixamento no Parazão. Em 2017, com o vice campeonato da segundinha, conseguiu novamente o acesso. Em 2019, foi rebaixado novamente com apenas uma vitória em 10 jogos. Ano passado, o clube era um dos favoritos ao acesso. Foi comandado pelo técnico Vanderson, ex-jogador do Paysandu, e tinha um elenco “de peso”, porém, perdeu o acesso para o Carajás ao ser goleado por 5 a 2 na ilha de Outeiro, após ter vencido o jogo de ida por 2 a 0. Este ano clube está com os “pés no chão” e pouco tem falado sobre o elenco que disputará o torneio.
Vênus: O azulão é de Abaetetuba, no nordeste paraense. O clube tem dois títulos da segunda divisão e neste ano vai tentar voltar à elite que não disputa desde 2015*. Seu melhor momento foi em 1998, quando foi o terceiro colocado do campeonato estadual (atrás de Remo e Paysandu) e disputou a Série C do campeonato brasileiro, e ficou na 20ª posição dentre 65 times. Nas suas campanhas recentes, no ano de 2016, foi bem e terminou a segundinha em 5º lugar. Em 2017 e 2018 as campanhas foram piores e o clube terminou na 9ª colocação. Ano passado, o clube foi lanterna do grupo já que não venceu nenhum dos 4 jogos. Esse ano, o clube de 71 anos tentará colocar a cidade da cachaça novamente na primeira divisão.
Izabelense: A equipe de Santa Izabel do Pará, região Metropolitana de Belém cada ano tem um elenco novo e por isso é instável na segundinha. Em 2014, chegou nas semifinais. Nos anos de 2015 e 2016, nem brigou pelo acesso. Em 2017, perdeu o acesso nos acréscimos e caiu novamente nas semifinais. Ano passado, caiu nas quartas de final para o Parauapebas. O clube tenta se reerguer na segundinha e voltar aos tempos áureos da década de 80 e 90, onde batia de frente com os grandes da capital e conseguiu ser vice campeão paraense, fazendo participações no campeonato brasileiro da série C. O Frangão da Estrada tenta voltar à elite* do Parazão, que não disputa desde 2015. Essa será a 21ª participação do clube na segundinha, que tenta pelo menos, repetir a campanha de 2005, quando conseguiu ser vice campeão. O clube vem se preparando disputando amistosos com equipes e locais e também já realizou duas seletivas gratuitas na cidade buscando novos jogadores para compor o elenco.
Pinheirense: O Clube de Icoaraci, distrito de Belém, entra na competição se inspirando na campanha de 2016, quando conquistou de forma invicta, o seu único título da segundinha. No ano seguinte, disputou a elite, porém acabou rebaixado. Na segundinha de 2018, fez uma boa campanha e perdeu o acesso nos pênaltis, para o São Francisco. Ano passado parou nas quartas de final para o campeão Itupiranga. O clube tem destaque no futebol feminino, onde já disputou a série A e já foi o 7º melhor clube do país. O clube, apesar dos problemas, tem potencial para chegar as fases eliminatórias da competição.
Sport Belém: É o “primo pobre” de Remo e Paysandu. Sua sede é em Belém, porém não têm tanta popularidade como os dois grandes. O Dragão da Maracangalha beirou o acesso em 2016 e 2017, quando parou nas semifinais. Em 2018, o clube foi o 13º colocado, e no ano passado foi eliminado nas quartas para o Cametá. O clube de 53 anos está longe da elite desde 2012. Sua melhor fase foi nos anos 70, quando participou da Copa Norte (em 1971) e duas vezes na Série C (1971 e 1972) e quando quase foi campeão paraense em 1973. Longe do seu melhor momento, quando chegou a ser considerado a quarta força do futebol paraense, o Rubro Negro tenta reconquistar o seu espaço na elite do Parazão.
Última participação na elite (considerando a fase preliminar)*
- 2019: São Raimundo e São Francisco
- 2018: Parauapebas e Cametá
- 2017: Pinheirense
- 2015: Gavião Kyikatejê, Izabelense, Vênus e Tuna Luso
- 2012: Sport Belém
- 2011: Santa Rosa
- 2009: Pedreira, Vila Rica e Tiradentes
- Nunca disputou: Atlético Paraense, Paraense, Sport Real, União Paraense, Caeté e Fonte Nova
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