O volante habilidoso que sempre atuava com os cabelos engomados . Campeão de quase todas as competições que disputou. O craque que quase teve que abandonar o futebol por conta de um acidente que sofreu no início da carreira. Por tudo isso e muito mais, Danilo Alvim (1920-1996) é um personagem único do futebol brasileiro. Jogava com a cabeça erguida e era um volante que servia tanto para o combate como para o ataque. Foi um dos membros mais conhecidos da Seleção Brasileira na Copa de 1950. Para quem não conhece ou para quem quer relembrar, o Última Divisão listou 10 curiosidades da vida e da carreira do atleta:
1. O Príncipe
Danilo Alvim ganhou o apelido de Príncipe por ser um jogador que atuava com classe, elegância e habilidade. Quem lhe deu esse apelido foi o locutor Oduvaldo Cozzi (1915-1978).
2. Amigos, amigos. Marcação à parte.
Um dos melhores amigos de Danilo dentro do futebol foi Zizinho. Os dois se conheceram antes de serem jogadores profissionais. O Príncipe servia o exército em Niterói, cidade onde o mestre Ziza morava. Dentro de campo, Danilo marcou o amigo diversas vezes.
3. Ídolo de Velho Lobo
Quando atuava pelo América, o Príncipe tinha um fã que o acompanhava em diversos jogos. Filho de um conselheiro do clube da Tijuca, esse admirador conseguiu se tornar jogador profissional. Seu nome: Mário Jorge Lobo Zagallo.
4. Acidente quase encurta carreira
O atleta sofreu um grave acidente quando jogava no Mecão: o volante foi atropelado por um automóvel. Ficou dois anos afastado dos gramados. Mesmo assim, conseguiu voltar ao futebol com a perna esquerda torta e não tendo a mesma flexibilidade de antes.
5. Glórias no Expresso da Vitória
Danilo Alvim jogou no Vasco da Gama durante dez anos. Na época, o clube era conhecido como Expresso da Vitória por conquistar quase todos os títulos que disputava. Pelo clube da Colina, o volante ganhou quatro campeonatos cariocas (1947, 1949, 1950 e 1952) e um sul-americano de clubes (1948).
6. Torcedor do Diabo
Apesar de ter defendido a agremiação de São Januário por muito tempo, Danilo era torcedor do América. Além desses dois clubes, o Príncipe também jogou no Fonseca-RJ, Canto do Rio-RJ, Botafogo-RJ e Uberaba-MG.
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7. Ditando moda
Nos anos 1950, muitos jovens usavam o corte de cabelo a la “Príncipe Danilo”: bem curto, penteado para trás, com o contorno da nuca disfarçado.
8. Uma nova função em Minas
O último time de Danilo como jogador profissional foi o Uberaba-MG. Foi por nesta agremiação que o craque iniciou a carreira de treinador.
9. Bolívia querida
Como técnico, a maior conquista do ex-volante foi comandar a Bolívia na Copa América de 1963. Na ocasião, La Verde desbancou os favoritos Brasil e Argentina. “Eu era otimista (…) os jornais de La Paz me sacrificaram – e eu disse para os rapazes que eles podiam vencer todas. E vencemos”, relembrou o técnico anos depois da conquista.
10. Raça, pero sin perder la ternura
Danilo era bastante querido por seus contemporâneos na Seleção Brasileira. “Ele possuía as duas coisas: muita raça e a classe (…). Era pau para toda obra: jogador de esquema, de resolver problemas dentro de campo”, elogiou o técnico Flávio Costa em entrevista a revista Placar em 26 de janeiro de 1979.
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