Se você está atento ao noticiário esportivo internacional, já deve ter ouvido falar de Martin Odegaard. Se não está (ou se está e não ouviu), prepare-se: o jovem norueguês será figura frequente nos jornais espanhóis e ingleses nos próximos anos.
Nascido em 17 de dezembro de 1998, Martin Odegaard é filho de Hans Erik Odegaard, ex-jogador de passagens discretas por clubes da Noruega, aposentado desde 2006. Martin, assim como o pai, iniciou sua carreira no modesto Stromsgodset, campeão norueguês de 2013.
As diferenças entre as carreiras de Hans Erik e Martin começam a surgir a partir daí. Promovido ao time profissional em 2014, aos 15 anos, o filho surgiu como um cometa no futebol.
Em janeiro de 2014, Martin Odegaard estreou pela seleção norueguesa sub-17, em um torneio na Turquia. Sete meses depois, foi convocado para a seleção principal, para a disputa de um amistoso contra os Emirados Árabes Unidos. Na ocasião, tinha 15 anos e 253 dias, derrubando um recorde centenário – até então, o “caçula” era Tormod Kjellsen, que tinha 15 anos e 351 dias quando estreou em 1910.
Achou normal? Bem, em setembro, Odegaard foi chamado para disputar jogos das Eliminatórias da Euro 2016, tornando-se ainda o mais jovem jogador da história (15 anos e 300 dias) a disputar um jogo da Eurocopa, independente do estágio da competição.
O que o meia-atacante do Stromgodset tem que chama a atenção tão prematuramente? Veja e diga você mesmo.
”Ah, mas se editarem um vídeo meu, eu jogo mais do que o Messi”, diz você. Pode ser. Mas não é o que parece – com todo o respeito ao seu talento. Ao que tudo indica, clubes como Barcelona (sempre), Real Madrid (sempre), Manchester United e Bayern de Munique já estão de olho em Martin Odegaard.
É claro que o camisa 16 do Stromgodset pode se tornar um flop daqueles do nível de Freddy Adu, Bojan Krkic, Caíco e Lúcio Bala. Até porque a imprensa internacional já descobriu o menino, colocando um UM POUQUINHO de pressão sobre o adolescente recordista.
Por enquanto, o “novo Messi” ainda não deve deixar a Noruega. “Falei a diversos empresários e clubes que ele é muito jovem para sair (…). Não acho que seja bom para um garoto de 15 ou 16 anos se mudar para outro país, que fala outra língua, que tem outra cultura, para ficar sozinho em um apartamento, com fome. Você precisa de sua família para ficar seguro. Se isso (transferência) é algo que vai acontecer logo, vamos nos mudar com ele. E isso não é fácil, porque eu tenho um emprego, trabalhando nas lojas de meu sogro. Temos uma família”, disse o pai de Martin.
Pode ser que seja um Messi. Pode ser que seja um Neymar. Pode ser que seja um novo Bojan. Pode vir a ser um Freddy Adu. De qualquer forma, é bom ficar de olho – afinal, um adolescente de 15 anos jogando (bem) entre os adultos é sempre notícia. E o Última Divisão já está atento.
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